Efeito da granulometria do milho e do valor de energia metabolizável em rações peletizadas para frangos de corte

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

Com o objetivo de avaliar o efeito da granulometria e do valor de energia da ração sobre desempenho, digestibilidade dos nutrientes, valores de energia metabolizável aparente e aparente corrigida para o balanço de nitrogênio e utilização do LIPE® como indicador para estimar a produção de excretas para a determinação da digestibilidade dos nutrientes em comparação ao método de coleta total foram realizados quatro experimentos, sendo dois para a fase inicial (um a 21 dias de idade) e dois para a fase de crescimento (23 a 42 dias de idade) de frangos de corte. Para avaliar o desempenho foram utilizados 1620 pintos de corte machos da linhagem Ross. As aves foram alojadas em galpão de alvenaria e distribuídas em delineamento inteiramente ao acaso, com seis tratamentos e cinco repetições de 30 e 24 aves para a fase inicial e de crescimento, respectivamente. O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, em arranjo fatorial (2x3), sendo os tratamentos definidos pelos valores de energia (2.900 e 3.000 kcal/kg de EM para a fase inicial, e 3.100 e 3.200 kcal/kg de EM para a fase de crescimento) e as granulometrias do milho (fina, média e grossa). Para a fase inicial, houve uma superioridade (P0,05) das aves alimentadas com a ração com granulometria grossa e 3.000 Kcal/kg de EM sobre a digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável aparente corrigida para o balanço de nitrogênio (EMAn). Em relação ao desempenho das aves de um a 21 dias de idade, as aves alimentadas com a ração com granulometria grossa foi superior (P0,05) às demais quando avaliado o ganho de peso (GP), conversão alimentar (CA) e conversão energética (CEN). Para as variáveis consumo de ração (CR), viabilidade e consumo de energia (CE) não houve diferenças estatísticas (P>0,05) para esta fase. Para a fase de crescimento, de 23 a 42 dias de idade, as aves alimentadas com ração com granulometria grossa e 3.200 Kcal/kg de EM, foram superiores (P0,05) às aves que receberam as demais rações em relação à digestibilidade da MS, PB, EE, EMA e EMAn. Em relação ao desempenho dos frangos de corte de 23 a 42 dias de idade, as aves alimentadas com a ração com granulometria grossa e 3.200 Kcal/kg de EM foi superior (P0,05) sobre o GP, viabilidade e CE. Não foi encontrada diferença estatística (P>0,05) sobre as variáveis de desempenho: CR, CA, CEN. O valor de energia da ração influenciou (P0,05) o fator de produção, apresentando o maior fator de produção para valor o 3.200 kcal/kg de EM. Em relação aos custos das rações, mesmo sendo maior o custo da ração com granulometria grossa e valor de 3.200 Kcal/kg de EM, a melhoria do desempenho provinda da maior digestibilidade de nutrientes, promove redução desse custo quando se mensura o quilo de frango produzido. O uso do LIPE® para mensurar a produção de excretas dos frangos para posterior cálculo do coeficiente de digestibilidade dos nutrientes e valores de EMA e EMAn é viável para a fase de crescimento, e para a fase inicial, com exceção da mensuração do valor de EMAn para esta fase no qual difere da método de coleta total de excretas. Pode-se concluir que a digestibilidade das rações nas fases inicial e crescimento foi favorecida pelo maior nível de energia e prejudicada pela granulometria fina. Para o desempenho dos frangos, em ambas as fases, o efeito principal de melhora está relacionado com o aumento de energia. O LIPE® como indicador externo, também em ambas as fases, pode ser recomendado para a mensuração da produção de excretas e subsequente determinação dos coeficientes de digestibilidade e valores de energia.

ASSUNTO(S)

frango de corte alimentação e rações teses. zootecnia teses. nutrição animal teses. digestibilidade. frango de corte desempenho produtivo teses.

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