Efeito da dexametasona e do meloxicam sobre o extravasamento plasmatico induzido por carragenina na ATM de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Pouco se sabe sobre os mecanismos fisiopatológicos envolvidos com a inflamação eador inflamatória que acompanham as disfunções temporomandibulares. O objetivo desse trabalho foi padronizar um modelo para o estudo da inflamação aguda na região da articulação temporomandibular (A TM) de ratos utilizando carragenina (CA) e verificar os possíveis efeitos de drogas antiinflamatórias nesse modelo. Para tanto, CA 100 I-Ig/501-lL (A TM esquerda) e salina (A TM direita) foram administradas periarticularmente para determinar o extravasamento plasmático segundo a técnica descrita por FIORENTINO, et aI., (1999), em diferentes tempos (60, 120 e 180 minutos) (3 grupos n=5). A seguir, foi realizada a administração periarticular de CA em diferentes concentrações (100, 300 e 450 I-Ig/50 1-1 L) (A TM esquerda) e salina 0,9% (A TM direita) e o extravasamento plasmático foi avaliado no tempo de 60 minutos (4 grupos n=6). Em grupos adicionais foram administrados dexametasona (2,3; 4,6 e 6,9 mg/Kg) e meloxicam (7, 14 e 21 mg/Kg) intra-peritonealmente 2 horas antes da administração periarticular de CA 300 J-lg/50 J-lL (A TM esquerda) e de salina (A TM direita), após 60 minutos o extravasamento plasmático foi determinado. Realizou se um estudo morfológico em outros 2 grupos de animais (n=3), nos quais meloxicam (21 mg/Kg) ou salina 0,9% foram administrados via intraperitoneal, 2 horas antes da administração periarticular de CA 3001-lg/50 I-IL (A TM esquerda) e salina (ATM direita), após 180 minutos os animais foram sacrificados, as cabeças dissecadas e o material submetido a preparo histológico padronizado, corado com HE. Os resultados demonstraram que a administração de CA 100 J.Lg/50 J.1L produz um extravasamento plasmático quantificável somente no período de 60 minutos. Entre as diferentes concentrações de CA utilizadas, a análise de comparações múltiplas indicou que apenas as de 300 e 450 J.1g diferem significativamente (p<0,05) em relação ao controle. O pré-tratamento com dexametasona (4,6 e 6,9 mg/Kg) e com meloxicam (14 e 21mg/Kg) foi capaz de inibir significativamente o extravasamento plasmático induzido pela CA 300 J.1g/50 J.1L quando comparado ao controle salina 0,9%. A análise morfológica demonstrou que o pré-tratamento com meloxicam (21 mg/Kg) foi capaz de minimizar a destruição óssea provocada pela CA. Dessa forma, pode-se concluir que o pico de EP induzido pela administração periarticular de CA ocorre em 60 minutos; o EP induzido pela CA pode ser inibido pelos antiinflamatórios dexametasona e meloxicam e que a destruição óssea desencadeada pela administração de CA na A TM de ratos pode ser minimizada pelo pré-tratamento com meloxicam

ASSUNTO(S)

agentes antiinflamatorios articulação temporomandibular

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