Efeito da densidade de transporte de alevinos e juvenis de pirarucu sobre a qualidade da água e parâmetros fisiológicos

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Amaz.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Este estudo avaliou o efeito da densidade de estocagem sobre parâmetros fisiológicos (lactato, glicose, cortisol e hematócrito), qualidade de água (temperatura, oxigênio dissolvido, pH, amônia não ionizada e gás carbônico) e sobrevivência no transporte de alevinos (24.5 ± 4.7 g) e juvenis (615.83 ± 122.19 g) de pirarucu (Arapaima gigas) em sacos plásticos por seis horas. Avaliamos densidades de 65, 80, 95, 110 e 125 g L-1 para alevinos, e de 50, 80, 110, 140 e 170 g L-1 para juvenis (três réplicas cada). Os parâmetros de resposta foram medidos antes e logo após o transporte, e após 24 e 96 horas de recuperação. Não foi observada mortalidade, exceto para alevinos (< 3%) das densidades de 110 e 125 g L-1 durante o período de recuperação. Foram observadas alterações significativas em todos os parâmetros de qualidade de água após o transporte de alevinos e juvenis. Houve elevação da temperatura, oxigênio dissolvido, gás carbônico e amônia não ionizada e decréscimo do pH, com diferenças entre as densidades apenas para gás carbônico e amônia não ionizada. Não houve elevação dos níveis de cortisol, exceto para juvenis na densidade de 170 g L-1 que ainda permaneciam com nível alto de cortisol às 96 horas. A glicose se elevou após o transporte em todos os tratamentos, retornando aos valores iniciais na recuperação, ao contrário do lactato, que se elevou e permaneceu alto até as 96 horas. O hematócrito foi avaliado apenas para juvenis e diminuiu significativamente após o transporte. Concluímos que alevinos de pirarucu podem ser transportados com segurança em densidades de até 95 g L-1 e juvenis em densidades de até 140 g L-1.

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