Educação para a saúde no Brasil: o caso do Distrito Federal

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/06/1989

RESUMO

Este estudo refere-se à Educação para a Saúde como parte do currículo das escolas de 1°e 2°graus no Brasil. 1) Histórico da Educação para a Saúde no Brasil, de Forma cronológica desde a Colônia até os nossos dias. 2) Avaliação do cumprimento e processamento das disposições legais vigentes para o ensino da saúde no 1° e 2° graus. Para o estudo, 82 escolas da rede pública e privada do Distrito Federal foram selecionadas por processo probabilístico. Os dados foram colhidos através de entrevistas e observações diretas em cada escola. Constatou-se que ao longo do processo histórico, iniciativas e ações coletivas nesta área que, sintonizadas com as realidades do povo, se realizam ou se realizaram de forma tímida, inconexa, isolada e reduzida. Quase sempre essas iniciativas ou ações tem se constituído em controle e manipulações de pequenos, mas poderosos grupos. Verificou-se nas escolas de 1° e 2° graus, o não cumprimento das disposições legais e graves falhas na aplicação da educação para a Saúde. Na analise dos dados, alguns resultados são re1evantes: A) Não se encontrou o profissional especifico para a área da saúde nem para a coordenação de Educação para a Saúde, na totalidade das escolas pesquisadas. B) A maioria dos profissionais entrevistados não expressaram os princípios básicos do conceito de saúde da OMS. C) As Condições Higiênicas das escolas públicas foram classificadas como precárias em 50,0% 0 razoáveis em 25,0%. D) Na opinião dos profissionais entrevistados, a infrequência e o baixo rendimento dos alunos são o reflexo das precárias condições de saúde existentes na comunidade. E) Na maioria das escolas da rede pública são apontadas principalmente as doenças infecciosas e parasitarias, as doenças do aparelho digestivo, e os sintomas, sinais e afecções mal definidos. F) Os serviços de assistência aos alunos são avaliados como insatisfatórios e insuficientes na maior parte das escolas da rede pública. G) Constatou-se que não há planejamento conjunto na quase totalidade das escolas visitadas para a Educação para a Saúde e os critérios de seleção dos conteúdos não são declarados. H) Quanto às atividades práticas, estas não são desenvolvidas em mais da metade das escolas principalmente nas de 2 grau. I) Somente 28,1% das escolas pesquisadas desenvolvem algum tipo de entrosamento com serviços de saúde, órgãos, instituições e comunidade, destacando ai as escolas de 1 grau (1a· a 4a· série). J) A forma de entrosamento mais citada é a solicitação de atendimento aos serviços de saúde.

ASSUNTO(S)

saúde pública brasil teses. ensino de primeiro grau teses. ensino de segundo grau teses. educação em saúde decs currículo decs ensino decs dissertações acadêmicas decs

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