Educação especial e educação infantil : uma análise de serviços especializados no Município de Porto Alegre

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo analisar a constituição do atendimento educacional especializado em educação especial para crianças da Educação Infantil. Para tanto, procurei descrever como se configuram esses serviços na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, especificamente o de Educação Precoce (EP) e Psicopedagogia Inicial (PI), assim como refletir sobre seus possíveis efeitos. As questões que orientaram o desenvolvimento da pesquisa foram às seguintes: como se organiza o atendimento às crianças com deficiência na perspectiva da educação inclusiva na educação infantil? Que singularidades constituem o atendimento na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre na proposição de serviços especializados de apoio às crianças de zero a cinco anos de idade? É possível considerar que estes serviços servem como um suporte para a permanência da criança na escola? Essas questões embasaram a análise do serviço de atendimento educacional especializado que integra a presente pesquisa. Busquei também a compreensão histórica de uma rede de ensino que tem dado prioridade às políticas de inclusão escolar, identificando aspectos que podem ser considerados cruciais, como os da transição entre os diferentes níveis de escolarização. Com base nas reflexões do pensamento sistêmico de Gregory Bateson e Humberto Maturana, foram priorizados os pressupostos da abordagem qualitativa, utilizando os seguintes instrumentos metodológicos: entrevista semiestruturada, observação participante e o diário de campo. As entrevistas foram realizadas com quatorze educadoras especiais e com a Coordenadora do serviço de EP e PI. Foram priorizadas as observações em espaços onde ocorre o serviço (atendimento e assessorias). Como possíveis resultados, destaco a importância da articulação entre os campos da educação especial e da educação infantil na construção de propostas pedagógicas que sirvam como suporte aos diferentes sujeitos envolvidos (professores, comunidade, família, criança) para a efetiva permanência do aluno com deficiência no ensino comum; a presença de uma variedade de modos de recepção e compreensão do movimento de inclusão escolar por parte dos educadores envolvidos e o reconhecimento de que o local de instituição de um serviço produz impacto para se pensar os processos de escolarização de seus alunos e a tomada de decisão relativa a esses processos.

ASSUNTO(S)

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