EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TRANSFORMAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL COM A IMPLANTAÇÃO DA AGENDA 21 LOCAL: O CASO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA COLÔNIA DE PELOTAS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta pesquisa apresenta o estudo sobre as transformações sócio-ambientais observadas no sétimo e oitavo distritos da Colônia de Pelotas, a partir da criação e atuação do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), com a implantação da Agenda 21 local. Com isso, objetivamos avaliar durante um ano de atuação deste (NEA), as possíveis transformações no que tange aos seus conhecimentos, habilidades, valores, comportamentos e capacidade de avaliação dos problemas sociais, econômicos e ambientais por eles enfrentados. Na verdade, os pensamentos de vários educadores ambientais sobre Educação Ambiental e suas complexidades, permitem a reflexão sobre o papel destes nas transformações político- econômico- sociais; com isso, o desenvolvimento da ética ambiental, permitindo ampliar a visão da complexidade e das conexões que se estabelecem entre os seres. A transformação social constitui-se o ponto chave para avaliar a validade do processo de implantação de agendas locais. A governança local tornando-se um dos mais importantes mecanismos de inovação democrática e ambiental. Esse processo, contudo, desafia, de maneira radical, as práticas ambientais, sociais e econômicas tradicionais e vigentes na esfera municipal. Cabe salientarmos que a metodologia utilizada é a pesquisa-ação-participante, com a qual nos envolvemos de modo cooperativo, participativo. A aprendizagem se deu de modo que a ação realizada, ao mesmo tempo em que nos forma, também oferece informações para a construção de novos conhecimentos, incrementando continuamente o processo, de modo coletivo, por meio de formação de multiplicadores, que aprendem, produzem seu conhecimento e o compartilham com os demais.Diante disso, entendem, ao mesmo tempo, o valor da participação comunitária. Através do método de entrevista gravada e escrita, foi possível conhecermos como pensa, sente e age a comunidade diante dos problemas sócio-ambientais enfrentados por eles e o que esperam da Agenda 21. A partir da compreensão do que é Agenda 21, e como ela pode favorecer as práticas políticas sociais, utilizamo-nos dos informativos do Ministério do Meio Ambiente e da Agenda 21 Nacional. Os dados nos revelam que a Agenda 21, por si só, não constitui o único instrumento que devemos utilizar para desenvolvermos um trabalho de conscientização e de desenvolvimento da ética ambiental; mas quando levado a sério, poderá ser um decisivo instrumento para a prática de Educação Ambiental multiplicadora e mobilizadora. Poderá, portanto, proporcionar relevantes resultados sociais: auxiliar, no caso de Pelotas, na construção de um ecosolidarismo, nos projetos criados a partir das necessidades da comunidade local. Por sua vez, podemos destacar o salutar convívio que os moradores têm com o ambiente, mostrando a importância deste para a sobrevivência de todos os seres, considerando o ser humano mais um dos integrantes deste universo chamado Terra. Esses indivíduos esperam e lutam para que, através da Agenda 21, desenvolvam-se políticas públicas sérias, comprometidas com os socialmente menos favorecidos. Anseiam, ainda, que possam ter justiça social e, assim, uma melhoria não apenas na qualidade de vida, mas também no local onde moram. Se isso ocorrer, terão incentivos para continuar a lidar com a terra.

ASSUNTO(S)

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