EducaÃÃo ambiental e suas representaÃÃes no cotidiano da escola
AUTOR(ES)
Mateus Marchesan Pires
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Este texto à resultado de uma pesquisa realizada sobre a temÃtica EducaÃÃo Ambiental no Ãmbito formal. Discutimos nele conceitos de natureza, meio ambiente e de educaÃÃo, discorrendo sobre algumas categorias, por meio da abordagem histÃrico-crÃtica. Articulamos um diÃlogo entre os documentos oficiais e os sujeitos da pesquisa, considerando a linguagem utilizada pelos professores, coordenadores e alunos, nas suas representaÃÃes sobre EducaÃÃo Ambiental, que estÃo vinculadas Ãs suas prÃticas cotidianas. Diante de todas as garantias legais (leis, documentos) que norteiam e asseguram o desenvolvimento da EducaÃÃo Ambiental nas instituiÃÃes de ensino, estudamos a EducaÃÃo Ambiental, especificamente no Ensino Fundamental (8 sÃrie) na regiÃo Sudoeste do ParanÃ, nos municÃpios sedes dos NÃcleos Regionais de EducaÃÃo: Francisco BeltrÃo, Dois Vizinhos e Pato Branco, no ano de 2010, analisando os objetivos da EducaÃÃo Ambiental formal, atravÃs do discurso dos sujeitos que compÃem a instituiÃÃo escolar. Iniciamos a dissertaÃÃo com uma caminhada histÃrica pelo Renascimento â SÃculos: XIV e XV, ocorrido na Europa â atà o surgimento da CiÃncia Moderna, compreendendo como a natureza foi pensada e representada nesse perÃodo. A arte e os escritos da Ãpoca influenciaram na observaÃÃo e experimentaÃÃo cientÃfica, e diretamente nas representaÃÃes da natureza. No campo da educaÃÃo, repercutiu o modelo cientÃfico cartesiano, expresso diretamente no pensamento pedagÃgico de Comenius. Essa retomada histÃrica e epistemolÃgica busca compreender os resquÃcios desse perÃodo histÃrico â entre eles a fragmentaÃÃo das ciÃncias â e os seus estreitos vÃnculos com as questÃes que perpassam a EducaÃÃo Ambiental formal. Cartografamos os percursos da EducaÃÃo Ambiental, desde sua constituiÃÃo atà os dias atuais, apresentando marcos cronolÃgicos importantes para afirmaÃÃo desse campo educativo. Enfocamos o movimento ambientalista, bem como as categorias nas quais se assentam suas reflexÃes e crÃticas. Apresentamos os sentidos atribuÃdos pelos sujeitos da pesquisa para a EducaÃÃo Ambiental, a partir de seus enunciados, pautados especialmente na teoria do discurso, proposta por Mikhail Bakhtin. TraÃamos um diÃlogo entre os documentos oficiais, apresentando aspectos relativos aos ParÃmetros Curriculares Nacionais, sua criaÃÃo, utilizaÃÃo e a proposta constituÃda a partir da Transversalidade. Destacamos as Diretrizes Curriculares de EducaÃÃo BÃsica do Estado do ParanÃ, com Ãnfase para os Cadernos TemÃticos da Diversidade, e seus apontamentos para a EducaÃÃo Ambiental. Tratamos aspectos dos conteÃdos e metodologias referentes à EducaÃÃo Ambiental, as perspectivas de aprendizado neste campo, com base nas concepÃÃes teÃricas de Lev Semenovitch Vygotsky. Mostramos como a EducaÃÃo Ambiental à avaliada, pelos professores, coordenadores e alunos, apontando aspectos salutares, diagnosticando e destacando os limites e as possibilidades da realizaÃÃo desta nas escolas da regiÃo estudada. Entre os principais limites da EducaÃÃo Ambiental, està a sua forma de apresentaÃÃo e inserÃÃo no currÃculo, quem deve trabalhar, como trabalhar e quando, tambÃm encontra-se a dÃvida se a EducaÃÃo Ambiental deve ou nÃo ser uma disciplina do currÃculo escolar. A pesquisa mostrou que a EducaÃÃo Ambiental, realizada na escola, nÃo tem uma articulaÃÃo sociocultural, ela nÃo tem sido um vetor das mudanÃas sociais, ela pouco tem contribuÃdo para isso, na forma como se apresenta e acontece na escola
ASSUNTO(S)
geografia educaÃÃo ambiental formal crÃtica discursos metodologias conteÃdos formal critical environmental education discourses methodologies content
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