Edema pulmonar por pressão negativa após extubação traqueal: relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O edema pulmonar por pressão negativa após obstrução de via aérea é atualmente uma entidade bem descrita, porém pouco diagnosticada e com poucos casos relatados. O objetivo deste artigo foi relatar um caso de edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) após extubação traqueal com sucesso terapêutico, após uso de ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 22 anos, foi submetida à colecistectomia aberta. Os exames pré-operatórios encontravam-se sem alterações. Imediatamente após extubação a paciente apresentou dispnéia súbita e crepitações pulmonares. Foi iniciado tratamento para edema agudo de pulmão com oxigenoterapia sob máscara de Venturi, elevação do tórax e diurético. A paciente foi encaminhada a UTI devido a falha no tratamento. Ao chegar a UTI foi iniciada ventilação mecânica não-invasiva (VMNI) com pressão de suporte (15 cmH2O) e pressão expiratória final positiva (5 cmH2O) com resolução dos sintomas. A paciente foi mantida em observação por mais 24 horas depois do evento com boas condições e recebeu alta para o quarto sem sintomas. CONCLUSÕES: O EPPN é uma entidade de difícil diagnóstico e deverá ser observada sempre que os pacientes evoluem com sinais e sintomas de insuficiência respiratória pós-extubação. Esta paciente se beneficiou de VMNI, mas caso haja falha terapêutica, a intubação traqueal e o suporte ventilatório mecânico invasivo deverão ser instituídos para melhor oxigenação dos pacientes.

ASSUNTO(S)

edema pulmonar por pressão negativa ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva

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