Ecophysiological characterization of jatobá (Hymenaea courbaril L.) seedlings under water deficit. / Caracterização ecofisiológica de mudas de jatopá (Hymenaea courbaril L.) submetidas a déficit hídrico.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi analisar o crescimento, relações hídricas, trocas gasosas e a quantificação dos solutos orgânicos de mudas de jatobá (Hymenaea courbaril L.) sob déficit hídrico. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação do Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal Rural de Pernambuco, entre agosto de 2007 a janeiro de 2008, com período experimental de 105 dias. As mudas foram cultivadas em vasos contendo 8 kg de solo oriundo do local de coleta das sementes. Foram utilizados blocos casualizados como delineamento experimental, com quatro tratamentos hídricos (100%, 75%, 50% e 25% da capacidade de pote) e seis repetições. Semanalmente foram avaliados a altura das plantas, o número de folhas e o diâmetro do caule. Ao final do período experimental, foram determinadas a área foliar, a razão de área foliar e a área foliar específica, a produção de matéria seca das folhas, caule, raízes e total e a alocação de biomassa para as folhas, caule e raízes. O potencial hídrico foliar foi avaliado em três épocas (35, 70 e 105 dias após a diferenciação dos tratamentos) em dois horários de avaliação (antemanhã e meio-dia). O teor relativo de água foi avaliado apenas ao termino do experimento, utilizando-se as folhas utilizadas nas análises do potencial hídrico de meio-dia. Diariamente foram tomadas medidas da temperatura e umidade relativa do ar no interior da casa de vegetação para o calculo do déficit de pressão de vapor d água. Também foram avaliadas, quinzenalmente, a transpiração e a resistência difusiva. Ao final do experimento foram quantificadas as concentrações de carboidratos solúveis, proteínas solúveis e prolina livre. O déficit hídrico afetou o crescimento das plantas quanto à altura, diâmetro do caule e produção de matéria seca para os diversos órgãos quando cultivadas em níveis a partir de 50% da CP. O número de folhas reduziu em todos os níveis de estresse, quando comparados com o tratamento 100% da CP. O padrão de alocação de biomassa, a relaçãoraiz/parte aérea, a razão de área foliar e a área foliar específica, no entanto, não foram afetados pelo estresse. O estresse hídrico aplicado atuou nas relações hídricas das plantas, restringindo significativamente o potencial hídrico e o teor relativo de água das folhas, e os mesmos, se apresentaram altamente correlacionados. Com o aumento do estresse hídrico observaram-se reduções significativas na transpiração e consequente aumento naresistência difusiva. Foram observados aumentos significativos nos teores de solutos orgânicos, de acordo com a severidade dos tratamentos, sendo a prolina o soluto orgânico que apresentou maior sensibilidade à deficiência hídrica. O número de folhas foi à variável mais sensível ao estresse. Mudas de jatobá não paralisam o seu crescimento quando cultivadas com baixa disponibilidade de água no solo na fase inicial do desenvolvimento. No entanto, seu crescimento é severamente afetado em níveis de água abaixo de 50% da capacidade de retenção de água no solo. De forma geral, as mudas de jatobá cultivadas a 50% da CP, não evidenciam redução no potencial hídrico após 35 dias de exposição ao estresse, sugerindo que a espécie é capaz de tolerar estresses moderados, durante o referido período. Por fim, as variáveis estudadas foram boas indicadoras fisiológicas, pois facilmente refletiram diferenças entre os tratamentos estudados e sugerem que mudas de jatobá (Hymenaea courbaril L.) toleram níveis moderados de seca.

ASSUNTO(S)

relações hídricas jatopá growth solutos orgânicos ciências florestais organics solutes trocas gasosas water relations recursos florestais e engenharia florestal gas exchange hymenaea courbaril

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