Economia comportamental e vulnerabilidade cognitiva: fundamentos científicos para a proteção do consumidor no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/08/2012

RESUMO

Com fundamento nas inúmeras pesquisas já desenvolvidas no âmbito da Economia Comportamental, este trabalho buscou demonstrar o padrão de comportamento do consumidor no mercado, caracterizado, substancialmente, pela existência de erros cognitivos sistemáticos, com a finalidade de evidenciar uma vulnerabilidade não circunstancial capaz de conferir cientificidade à proteção do consumidor no Brasil. O problema inicial consistiu em identificar que no Direito do Consumidor brasileiro há uma associação não explícita da disciplina de defesa do consumidor com pressupostos econômicos tradicionais, o que gera menor poder preditivo e, por consequência, menor efetividade das políticas protetivas. Por essa razão, o trabalho promoveu a aproximação do Direito do Consumidor com a Economia Comportamental, de forma a afastar a aplicação do modelo de indivíduo substantivamente racional e a permitir a reflexão sobre o real alcance do princípio da vulnerabilidade positivado no Código de Defesa do Consumidor brasileiro. O objetivo da pesquisa foi demonstrar a vulnerabilidade do consumidor em decorrência do seu padrão real de comportamento no mercado, o que inclui a análise das heurísticas, dos vieses e das limitações cognitivas que determinam o seu processo de tomada de decisões. Ao final, por meio da identificação da vulnerabilidade cognitiva do consumidor, que é não circunstancial por definição, foi possível fixar fundamentos eminentemente científicos para o Direito do Consumidor brasileiro. Metodologicamente, foram feitas análises jurídico-descritivas, jurídico-interpretativas e jurídico-propostivas. Foi adotada a vertente jurídico-sociológica e prevalecem na análise os raciocínios indutivo e dialético.

ASSUNTO(S)

direito teses.

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