Ecologia de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) em foco rural de leishmaniose no Brasil tropical

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Este trabalho teve como objetivo estudar a estrutura da comunidade de flebotomíneos, dando a conhecer a riqueza, constância, abundância e a frequência mensal das espécies em foco de transmissão de leishmaniose. MÉTODOS: O estudo foi realizado nas localidades rurais de Bom Jardim e Santa Maria, situadas às margens de uma mata ombrófila infestada por esses insetos, no município de São José de Ribamar, Maranhão, Brasil. Os flebotomíneos foram capturados no intra e peridomicílio de cada vila, com 10 armadilhas luminosas tipo CDC em cada vila, durante um ano, uma vez por mês, das 18h às 6h. RESULTADOS: Foram capturados 1.378 indivíduos de dezesseis espécies e o esforço de captura foi maior em Bom Jardim (0,61 indivíduos/hora/armadilha) que em Santa Maria (0,35). Os flebotomíneos prevaleceram no peridomicílio (86,1%) e na estação chuvosa (77%). Cinco espécies foram consideradas constantes (ocorreram em mais de 50% das coletas), cinco acessórias (25% e 50%) e seis acidentais (< 25%). As espécies mais abundantes foram Lutzomyia longipalpis (59,7%) e Lutzomyia whitmani (28%). Estatisticamente, detectou-se uma diferença na composição das espécies entre os povoados. As espécies que mais contribuíram para a dissimilaridade entre as armadilhas das duas vilas foram Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia whitmani e Lutzomyia evandroi, com 80,8% de variação entre os grupos. CONCLUSÕES: A elevada riqueza e abundância de flebotomíneos e a presença de vetores competentes ao longo do ano, justificam a ocorrência de casos de leishmanioses relatados na área.

ASSUNTO(S)

flebotomíneos insetos vetores leishmanioses peridomicílio amazônia nordeste

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