Ecologia de flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) em foco rural de leishmaniose no Brasil tropical
AUTOR(ES)
Silva, Clara Maria Lima, Moraes, Leandro Santos, Brito, Gustavo Almeida, Santos, Ciro Libio Caldas dos, Rebêlo, José Manuel Macário
FONTE
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Este trabalho teve como objetivo estudar a estrutura da comunidade de flebotomíneos, dando a conhecer a riqueza, constância, abundância e a frequência mensal das espécies em foco de transmissão de leishmaniose. MÉTODOS: O estudo foi realizado nas localidades rurais de Bom Jardim e Santa Maria, situadas às margens de uma mata ombrófila infestada por esses insetos, no município de São José de Ribamar, Maranhão, Brasil. Os flebotomíneos foram capturados no intra e peridomicílio de cada vila, com 10 armadilhas luminosas tipo CDC em cada vila, durante um ano, uma vez por mês, das 18h às 6h. RESULTADOS: Foram capturados 1.378 indivíduos de dezesseis espécies e o esforço de captura foi maior em Bom Jardim (0,61 indivíduos/hora/armadilha) que em Santa Maria (0,35). Os flebotomíneos prevaleceram no peridomicílio (86,1%) e na estação chuvosa (77%). Cinco espécies foram consideradas constantes (ocorreram em mais de 50% das coletas), cinco acessórias (25% e 50%) e seis acidentais (< 25%). As espécies mais abundantes foram Lutzomyia longipalpis (59,7%) e Lutzomyia whitmani (28%). Estatisticamente, detectou-se uma diferença na composição das espécies entre os povoados. As espécies que mais contribuíram para a dissimilaridade entre as armadilhas das duas vilas foram Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia whitmani e Lutzomyia evandroi, com 80,8% de variação entre os grupos. CONCLUSÕES: A elevada riqueza e abundância de flebotomíneos e a presença de vetores competentes ao longo do ano, justificam a ocorrência de casos de leishmanioses relatados na área.
ASSUNTO(S)
flebotomíneos insetos vetores leishmanioses peridomicílio amazônia nordeste
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