Ecologia da vegetaÃÃo de corredores ecolÃgicos naturais originÃrios de valos de divisa em Minas Gerais. / Vegetation ecology of natural ecological hedgerows originated from boundary trenches in Minas Gerais.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Foram avaliados vÃrios parÃmetros ecolÃgicos do componente arbÃreo de dois sistemas de corredores ecolÃgicos que conectam remanescentes florestais. Estes corredores, amplamente distribuÃdos no sudeste brasileiro, se originaram da colonizaÃÃo natural de valos de divisa de propriedade, por espÃcies da flora regional. Estes valos de divisa sÃo escavaÃÃes (largura mÃdia de 4 m e 1,5 m de profundidade) feitas por escravos, por ocasiÃo da ocupaÃÃo do territÃrio, especialmente do sudeste brasileiro. Devido à escassez de estudos na anÃlise do potencial desses elementos e à necessidade de investigaÃÃo de possÃveis padrÃes ecolÃgicos em corredores desta natureza, foram realizadas anÃlises minuciosas de um Sistema corredor-fragmento especÃfico e comparaÃÃes entre dois sistemas diferentes, buscando testar as hipÃteses: o corredor possui diversidade e estrutura florÃstica diferentes das dos fragmentos a que estÃo associados; a florÃstica e a estrutura sÃo mais similares entre os elementos associados de um Sistema corredor-fragmento do que entre sistemas distintos; o ambiente do corredor ecolÃgico à mais similar ao ambiente de borda do que ao interior dos fragmentos a que estÃo associados; hà espÃcies com distribuiÃÃo preferencial por corredores e fragmentos e pelos diferentes setores do valo do corredor e as variÃveis do solo interferem na distribuiÃÃo das espÃcies da flora. Para isso, foram amostrados 2,28 ha (114 parcelas de 200 mÂ), nos dois sistemas, em Ãrea de tensÃo entre Cerrado e as Florestas Estacionais Semideciduais e utilizadas as seguintes anÃlises: Ãndices de diversidade de Shannon, equabilidade de Pielou, similaridade de SÃrensen, anÃlise de correspondÃncia retificada (DCA), teste Kruskal-Wallis, anÃlises dos parÃmetros fitossociolÃgicos e anÃlise de correspondÃncia canÃnica (CCA). TambÃm foram aplicados testes Qui-quadrado. Os sistemas apresentaram riqueza e diversidade semelhantes, com maior similaridade dentro do que entre sistemas, indicando possibilidade de ligaÃÃo funcional entre os elementos, com corredores apresentando diversidade similar aos fragmentos associados. A estrutura da vegetaÃÃo arbÃrea do corredor à diferente da apresentada pelos fragmentos a que estÃo associados, e os corredores possuem maior densidade e Ãrea basal que os fragmentos. Existem preferÃncias de distribuiÃÃo das espÃcies por fragmento, corredor e setores do valo, quando os sistemas sÃo analisados separadamente. Corredores nÃo apresentaram padrÃes nas relaÃÃes florÃsticas com interior e borda de fragmentos, excetuando particularidades em cada sistema. Os resultados obtidos demonstraram que corredores de valo de divisa possuem potencial para a conservaÃÃo das espÃcies da flora e sua reduzida largura, associada Ãs suas caracterÃsticas ecolÃgicas, os condiciona como elementos importantes para a conservaÃÃo de espÃcies, sem prejuÃzo Ãs Ãreas produtivas rurais.

ASSUNTO(S)

1. floresta estacional semidecidual. 2. sistema corredor-fragmento. 3. estrutura arbÃrea . 4. conservaÃÃo. 5. diversidade recursos florestais e engenharia florestal conservation, diversity, seasonal semideciduous forests, slave, tree structure, system hedgerow-fragment.

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