Ecofisiologia de bananeiras (Musa spp.)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Plant Physiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Bananeiras são particularmente sensíveis a mudanças no ambiente. Nesta revisão, exploram-se alguns estudos clássicos e recentes sobre as respostas ao ambiente da folha, raiz e sistema reprodutivo dessa espécie. A análise de Monteith sobre as respostas das plantas à radiação interceptada mostrou-se apropriada para a análise da produtividade de bananeiras. Bananeiras são sensíveis ao déficit hídrico do solo, particularmente tecidos em expansão tais como as folhas em formação e os frutos em crescimento. Na medida em que o solo começa a secar, os estômatos se fecham e as folhas se mantêm altamente hidratadas, provavelmente devido à pressão radicular. A produtividade é afetada, em função do fechamento estomático. A crença geral de que bananeiras usam grandes quantidades de água não tem forte embasamento fisiológico. O aumento na eficiência do uso da água em cultivos irrigados pode advir de aumentos na densidade de plantio e quantidade de água aplicada. Examinam-se dados recentes sobre a eficiência do uso da água em diferentes cultivares de banana e propõe-se que agrônomos, fisiologistas e melhoristas possam quantificar a quantidade de água disponível nos vários ambientes de sequeiro, de modo a maximizar a eficiência do uso da água pela planta. A bananeira é uma espécie neutra para a indução floral, porém fotoperíodos inferiores a 12 h são associados a uma redução na taxa de iniciação do cacho, que é independente da temperatura quando expressa em graus-dia durante a fase de crescimento. Isso pode contribuir para variações sazonais na floração da banana, mesmo em ambientes tipicamente tropicais com temperaturas moderadas.

ASSUNTO(S)

fotoperíodo fotossíntese luz produção sistema foliar sistema radicular suprimento hídrico temperatura

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