Early serum tacrolimus levels predict long-term chronic kidney disease after liver transplantation

AUTOR(ES)
FONTE

MedicalExpress (São Paulo, online)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

RESUMO OBJETIVO: Investigar fatores de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica e óbito dois anos após transplante hepático. MÉTODO: Associações entre parâmetros clínicos e laboratoriais e o desenvolvimiento de doença renal crônica e sobrevida dois anos pós-transplante hepático foram analisados em uma coorte de 148 pacientes adultos, com cirrose hepática, submetidos consecutivamente a transplante de fígado em centro de referência no Brasil. RESULTADOS: A idade mediana ao transplante hepático foi 56 (limites, 20-73) anos, e 105 (70,9%) pacientes eram do gênero masculino. A prevalência de doença renal crônica dois anos pós-transplante hepático foi: estádio 1 ou ausência de doença renal, 27,5%; estádio 2, 33,8%; estádio 3, 34,6%; estádios 4-5, 4,7%. Quatro variáveis apresentaram associação independents com o estádio de doença renal crônica, dois anos pos-transplante hepático: (i) idade ao transplante hepático, (ii) gênero masculino, (iii) mediana dos níveis de tacrolimus nos primeiros três meses pós-transplante hepático e (iv) mediana das concentrações séricas de creatinina nos primeiros seis meses pós-transplante hepático. Duas variáveis apresentaram associação independents com óbito dois anos pós-transplante hepático: permanência em Unidade de Terapia Intensiva por três ou mais dias após a cirurgia de transplante, e mediana das concentrações séricas de creatinina nos primeiros seis e três meses após o transplante hepático igual ou superior a 1,3 mg/dL. CONCLUSÕES: Administração da menor dose eficaz de tacrolimus e adoção de medidas para preservar a função renal são medidas importantes para se reduzir o risco de desenvolvimento de doença renal crônica, tardiamente, após o transplante de fígado, especialmente nos pacientes que apresentam fatores de risco.

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