Driving and Restrictive Forces of the Teamwork in a Material and Sterilization Center of a Hospital School / Forças impulsoras e restritivas para o trabalho em equipe no Centro de Material e Esterilização de um hospital-escola

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Em tempos de mudanças e oportunidades, o trabalho em equipe tem sido considerado ferramenta indispensável no contexto do trabalho em saúde, particularmente, quando se considera os pressupostos do SUS, no que diz respeito à condução e gestão de ações para melhoria da qualidade dos serviços. No cotidiano do trabalho em Centro de Material e Esterilização (CME), cujo grande contingente de pessoal é da equipe de enfermagem, essa modalidade de trabalho é fundamental, principalmente, para garantir qualidade do reprocessamento de artigos de uso odonto-médico-hospitalares. O presente estudo teve como objetivo geral analisar o campo de forças impulsoras e restritivas para trabalho em equipe de enfermagem em CME de hospital-escola. O mapeamento dessas forças permite aos gestores lidar com dificuldades cotidianas das equipes, pois as categoriza em três grandes dimensões: do EU que engloba fatores pessoais, do OUTRO que abrange fatores referentes às relações interpessoais e ao AMBIENTE - que compõe elementos relativos ao ambiente. Estudo descritivo e exploratório, desenvolvido entre julho/agosto de 2008, em um CME de hospital-escola com participação de 35 profissionais da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de questionários submetidos ao processo de análise de conteúdo e categorizados a partir das dimensões previamente definidas. Os resultados destacam um conjunto de forças impulsoras (59%) maior que restritivas (41%), com relativo equilíbrio na dimensão OUTRO e AMBIENTE, com tendência maior evidente das impulsoras na dimensão EU. Embora o conjunto de forças indique mais forças impulsoras, o equilíbrio identificado em duas dimensões sinaliza certa estagnação do trabalho em equipe no grupo estudado, apontando para necessidade de intervenções para buscar soluções relativas às forças restritivas. A tendência identificada nas forças impulsoras na dimensão EU pode indicar dificuldade das pessoas em perceber, reconhecer e aceitar suas dificuldades no trabalho em equipe. Nessa dimensão destacam-se como impulsoras: atributos pessoais impulsores, motivação e conhecimento da dinâmica do CME. Como restritivas: elementos individuais restritivos, sentimentos de exclusão e peso excessivo de responsabilidades. Na dimensão OUTRO, destacam-se como impulsoras: equipe facilitadora, postura gerencial positiva e relações com serviços de apoio/usuários. As forças restritivas indicam as pessoas do CME como barreiras, desconhecimento da dinâmica do CME e dependência das relações com serviços de apoio /terceirizados/usuários. Na dimensão AMBIENTE, destacam-se como impulsoras: bons recursos de infra-estrutura, efetivação do registro na organização do trabalho e clima organizacional. Como restritivos: déficit de recursos e de estratégias para diminuir fatores restritivos da equipe e o próprio ambiente. A análise do resultado, de modo geral, indica que a equipe em questão apresenta potencial a ser desenvolvido para atingir melhor desempenho, bem como buscar melhores condições de trabalho. O mapeamento do campo de forças permitiu uma visão objetiva e concreta das limitações e potenciais da equipe estudada e possibilidades para promover mudanças. A metodologia utilizada mostrou-se como ferramenta que viabiliza a identificação pontual de problemas relacionados às pessoas, ao seu relacionamento e aos fatores ambientais. Por essa razão parece se constituir em instrumento eficiente para a gestão do trabalho em CME, pontuando inclusive indicadores para o desenvolvimento da equipe estudada

ASSUNTO(S)

health services management, nursery team, materials and sterilization center enfermagem administração dos serviços de saúde, equipe de enfermagem, centro de material e esterilização

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