Dreno pleural subxifoide confere melhor função pulmonar e resultados clínicos na doença pulmonar obstrutiva crônica após cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea: ensaio clínico controlado e randomizado
AUTOR(ES)
Guizilini, Solange, Viceconte, Marcela, Esperança, Gabriel Tavares da M., Bolzan, Douglas W., Vidotto, Milena, Moreira, Rita Simone L, Câncio, Andréia Azevedo, Gomes, Walter J
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Objetivo: Avaliar a função pulmonar e os resultados clínicos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, com enxerto da artéria torácica interna esquerda, comparando a inserção do dreno pleural intercostal versus subxifoide. Métodos: Estudo clínico, controlado e randomizado. Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica foram randomizados em dois grupos de acordo com a posição do dreno pleural: grupo II (n=27) - dreno pleural intercostal; grupo IS (n=29) - dreno pleural na região subxifóide. Os valores espirométricos (Capacidade Vital Forçada e Volume expiratório forçado no 1 segundo) foram obtidos no pré-operatório, e no 1º, 3º e 5º dias de pós-operatório. Foi realizada radiografia de tórax no préoperatório até o 5º dia pós-operatório (5PO) para monitoração de eventos respiratórios, como atelectasia e derrame pleural. A fração de shunt pulmonar e a escala de dor foram avaliadas no 1º dia pós-operatório. Resultados: Em ambos os grupos houve queda significativa dos valores espirométricos (Capacidade Vital Forçada e Volume expiratório forçado no 1 segundo) até o 5PO (P<0.05), porém, quando comparados, o grupo IS apresentou menor queda destes parâmetros (P<0.05). A fração de shunt pulmonar foi significativamente menor no grupo IS (P<0.05). Os eventos respiratórios, escala da dor, tempo de intubação orotraqueal e dias internação hospitalar no pós-operatório foram menores no grupo IS (P<0.05). Conclusão: Drenagem pleural subxifoide em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica grave determinou melhor preservação e recuperação dos volumes e capacidades pulmonares, com menor fração de shunt pulmonar e melhores resultados clínicos no pós-operatório precoce de cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea.
ASSUNTO(S)
doença pulmonar obstrutiva crônica testes de função respiratória ponte de artéria coronária sem circulação extracorpórea
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