Doenças tropicais negligenciadas no Brasil
AUTOR(ES)
Lindoso, José Angelo L., Lindoso, Ana Angélica B.P.
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-10
RESUMO
A pobreza está intrinsicamente relacionada com a ocorrência de doenças tropicais negligenciadas (DTNs). Os principais países com os menores índices de desenvolvimento humano (IDH) e a maior carga de DTNs estão nas regiões tropicais e subtropicais do globo terrestre. O Brasil é o 70º país no ranking do IDH e concentra nove das 10 principais doenças tropicais consideradas negligenciadas pela OMS. Leishmanioses, tuberculose, dengue e hanseníase ocorrem em quase todo o território do Brasil. Mais de 90% dos casos de malária ocorrem na região norte e há surtos de filariose linfática e oncocercose. As regiões norte e nordeste apresentam o menor IDH e concentram o maior número das DTNs. Essas doenças são consideradas negligenciadas devido à falta de investimento no desenvolvimento de novas drogas e vacinas e também pela pouca eficácia dos programas de controle. Um problema preocupante em relação às DTNs é a co-infecção com HIV, que favorece manifestações clínicas graves e falência terapêutica. Neste artigo, a situação das principais DTNs no Brasil é descrita e correlacionada com o IDH e a pobreza.
Documentos Relacionados
- Progresso e direção ao controle e eliminação das doenças tropicais negligenciadas no Brasil
- Identificação das competências brasileiras como subsídio no enfrentamento de algumas doenças tropicais negligenciadas
- Doenças tropicais negligenciadas: uma nova era de desafios e oportunidades
- A importância do encorajamento de estudos sobre as doenças tropicais negligenciadas
- Panorama dos estudos sobre nutrição e doenças negligenciadas no Brasil