Doenças crônicas, multimorbidade e força de preensão manual em idosos de uma comunidade do Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-02

RESUMO

RESUMO Objetivo: Analisar associação entre doenças crônicas, multimorbidade e força de preensão manual em idosos de uma comunidade do Sul do Brasil. Métodos: Estudo epidemiológico, transversal, de base populacional e domiciliar, realizado com 477 indivíduos com idade a partir de 60 anos, residentes em Antônio Carlos, Santa Catarina. Os idosos de 60 a 79 anos foram selecionados por amostragem probabilística (n=343), e todos os indivíduos com 80 anos ou mais (n=134) foram avaliados. As doenças crônicas foram identificadas por autorrelato. A força de preensão manual (desfecho) foi mensurada por meio de dinamômetro mecânico. As variáveis de ajuste foram idade, escolaridade, arranjo familiar, tabagismo, índice de massa corporal, estado cognitivo e doenças crônicas. As análises, estratificadas por sexo, foram realizadas por meio de regressão linear simples e múltipla. Resultados: Foram avaliados 270 mulheres (73,2± 8,8 anos) e 207 homens (73,3± 9,0 anos). Na análise ajustada, câncer (β=-3,69; IC95%=-6,97 a -0,41) e depressão (β=-1,65; IC95%=-3,20 a -0,10) foram associados à menor força de preensão manual nas mulheres. Para os homens, diabetes (β=-5,30; IC95%=-9,64 a -0,95), doença pulmonar (β=-4,74; IC95%=-7,98 a -1,50) e doença coronariana (β=-3,07; IC95%=-5,98 a -0,16) foram associados a menor força de preensão manual. Houve tendência inversa entre número de doenças e força de preensão manual apenas para os homens. Conclusão: Os resultados mostraram associação independente entre doenças crônicas e força de preensão manual. Sendo assim, a força de preensão manual é uma medida válida para ser utilizada na prevenção ou na intervenção das doenças crônicas e nas multimorbidades.

ASSUNTO(S)

envelhecimento doença crônica força da mão

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