Doença arterial obstrutiva periférica: que atenção temos dispensado à abordagem clínica dos pacientes?

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Vascular Brasileiro

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-09

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar como pacientes com doença arterial obstrutiva periférica têm sido tratados, em nosso meio, com relação aos fatores de risco e comorbidades. MÉTODO: Questionário sobre pesquisa e tratamento da dislipidemia, diabetes, exercício, uso de anti-plaquetários, tabagismo e hipertensão arterial no paciente com doença arterial obstrutiva periférica foi aplicado entre os médicos presentes na reunião mensal de março de 2004 da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - Regional São Paulo. RESULTADOS: Dos 102 questionários distribuídos, 75 foram respondidos (taxa de resposta de 73,5%). Entre os consultados, 82% pesquisam rotineiramente perfil lipídico e 20% visam alvo de LDL-colesterol abaixo de 100 mg/dl; 94% realizam pesquisa para diabetes melito; 97% recomendam exercício; 79% prescrevem aspirina; 97% aconselham que os pacientes parem de fumar e 60% se restringem ao aconselhamento isoladamente; 18% não realizam a medida da pressão arterial durante a consulta e 19% visam alvo pressórico de 130 x 80 mmHg. Considerando todas as avaliações em conjunto - intervenção no estilo de vida, no sentido de parar de fumar, orientação de exercícios, uso de anti-plaquetários, realização de pesquisa para diabetes melito, controle rigoroso da pressão arterial e lípides - observou-se que 7% dos entrevistados seguem todas essas recomendações como uma rotina estabelecida. CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que, em nosso meio, a pesquisa e o tratamento dos fatores de risco e comorbidades nos pacientes com doença arterial obstrutiva periférica estão sendo sub-realizados.

ASSUNTO(S)

doenças vasculares periféricas arteriosclerose claudicação intermitente fatores de risco colesterol tabagismo aspirina exercício hipertensão diabetes melito

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