Doação de órgãos: a realidade de uma unidade de cuidados intensivos portuguesa
AUTOR(ES)
Eira, Carla Sofia Lopes da, Barros, Maria Inês Trindade de, Albuquerque, Ana Maria Pina de
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-06
RESUMO
RESUMO Objetivo: Caracterizar, clínica e demograficamente, os potenciais doadores de órgãos admitidos em uma unidade de cuidados intensivos polivalente, bem como as respectivas coletas. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no período de 2010 a 2015, analisando variáveis demográficas, clínicas e número de órgãos e tecidos captados. Resultados: Foram encontrados 92 potenciais doadores de órgãos, dos quais 8 não efetivos e 84 efetivos (59,5% doadores de critérios expandidos). A média de idade dos potenciais doadores foi 60,7 anos e houve predomínio do sexo masculino. O acidente vascular cerebral hemorrágico originou 55,4% das mortes encefálicas. O principal grupo sanguíneo foi A Rh+ (43,5%) e, dentre as comorbidades, a hipertensão arterial (43,3%) foi a mais prevalente. Os rins (84,5%) e o fígado (66,7%) foram os órgãos mais frequentemente captados, e a razão de órgãos por doador foi 2,8, sendo inferior nos doadores de critérios expandidos em relação aos demais. Conclusão: O potencial doador de órgãos, em geral, foi a óbito por morte encefálica, estava acima da meia-idade, era do sexo masculino e vítima de acidente vascular cerebral hemorrágico. Ainda, a maioria era de doadores de critérios expandidos e doava, em média, dois a três órgãos, sendo os mais frequentes o fígado e os rins.
ASSUNTO(S)
doadores de tecidos morte encefálica unidades de terapia intensiva