Do tatu fúnebre ao lar-titú: implicações do indianismo no canto segundo do poema O Guesa, de Sousândrade / From the funeral armadillo to lar-titú: implications of indianism in the second canto of the poem The Guesa, by Sousândrade

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

No Canto Segundo do poema O Guesa (188?), uma das treze seções que compõe o longo poema épico de Sousândrade, destaca-se a reunião de índios com personagens não indígenas em um festim supostamente oferecido ao demônio Jurupari, na região do Alto Solimões, no Amazonas. Nessa pândega assinalada por uma dança depravada que ficou conhecida como Tatuturema, designação também atribuída pela crítica literária ao excerto do canto no qual o episódio festivo se desenvolve, chama atenção, principalmente, a caracterização dos nativos como seres degradados e explorados pelo contato com a sociedade branca. Representação que é oposta à imagem idealizada do índio presente na literatura oitocentista. Isso posto, o objetivo desta dissertação é analisar as figurações do Indianismo no Canto Segundo e suas implicações. A hipótese aventada é que a temática da festa indígena seria pano de fundo para a crítica de Sousândrade ao favorecimento de um grupo restrito de pessoas ligadas ao imperador d. Pedro II e à política opressiva e excludente do Segundo Reinado em relação aos grupos indígenas no projeto de construção da ideia de nação.

ASSUNTO(S)

brazilian literature indianismo indianist movement literatura brasileira o guesa romanticism romantismo sousândrade sousândrade the guesa

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