Do que não floresce em tempos de violação aos direitos das mulheres: uma leitura de Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie

AUTOR(ES)
FONTE

História

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/11/2019

RESUMO

RESUMO Numa Nigéria entrecortada por sucessivos golpes de Estado em que se fazem notar as consequências da colonização nos hábitos e, especificamente, nas crenças religiosas, Chimamanda Ngozi Adichie ambienta seu romance Hibisco Roxo, no qual a narração autodiegética de Kambili permite entrar em contato com a violência doméstica em seus episódios mais duros até o desfecho que surpreende e marca a ruptura daquela família com a situação de abuso de poder praticado pelo pai. Hibisco Roxo é uma ficção histórica que permite ao leitor conhecer a situação política vivenciada na Nigéria, a repressão aos meios de comunicação que ousavam fazer denúncia e o cotidiano de duas famílias que vivem situações opostas: a riqueza e a violência que caracterizam o lar de Kambili e que são problematizadas apenas quando ela nota que, no lar de sua prima, Amaka, apesar de, em alguns momentos, faltar o essencial para uma vida digna, sob o ponto de vista material, havia algo precioso: a liberdade de pensamento e de discussão de ideias, elementos que serão explorados com mais vagar ao longo do artigo.ABSTRACT The book’s space is Niger and its many coup d´État in that we notice colonization consequences in habits and, mainly, religion. Chimamanda Ngozi Adichie shows to the reader, through Kambili, the domestic violence from the hard and constant episodes until the end, when the father is murdered by the mother. Purple Hibiscus is a historical fiction that shows the political situation, repression and different families in Niger. Richness and violence in Kambili’s family and free thinking and discussions in Amaka’s family are some of the topics discussed in this paper.

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