Do centro à periferia: meio ambiente e cotidiano na cidade de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Ambiente & Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-06

RESUMO

Este artigo apresenta resultados de pesquisa que aborda a percepção dos moradores sobre os problemas ambientais, a forma de resolução e os agentes envolvidos. Os problemas ambientais urbanos são pesquisados no nível domiciliar através da percepção que os moradores têm de suas qualidade e condições de vida. Para apresentar as diferenças nas percepções, nas atitudes e nas condições sócio-ambientais do município, foram escolhidas três regiões que representam os estratos de alta, média e baixa renda que residem nas regiões central, intermediária e periférica. Os resultados da pesquisa mostram que, apesar das conhecidas diferenças entre áreas centrais e periféricas, os moradores revelam uma grande dependência da ação governamental. As diferenças na ênfase dada aos problemas entre as três regiões mostram que enquanto os mais excluídos privilegiam o aspecto quantitativo -garantia do acesso ao serviço- os moradores dos bairros centrais e intermediários privilegiam uma perspectiva global do serviço -limpeza dos rios, fontes de água e reservatórios de água. Os resultados reforçam as já bem conhecidas diferenças e desigualdades entre as áreas centrais, intermediárias e periféricas da cidade, sendo que neste complexo contexto urbano, a realidade sócio-ambiental de uma grande parte da população está caracterizada pelas dimensões da exclusão, dos problemas, do risco, da falta de informação e dos canais de participação.

ASSUNTO(S)

percepção moradores ambiente cidade

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