Diversidade genética da paca de cativeiro no Sudeste brasileiro avaliada por meio de marcadores RAPD-PCR

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-02

RESUMO

Estudou-se a diversidade genética de pacas (Agouti paca) de três plantéis comerciais no Brasil. Como o genoma desta espécie é desconhecido, utilizaram-se o polimorfismo de DNA amplificado ao acaso e reação em cadeia da polimerase (RAPD-PCR). Dez primers selecionados geraram 60 bandas polimórficas. A variabilidade genética inter e intrapopulações estimada pela análise de variância molecular (AMOVA) foi de 12,55 e 87,45%, respectivamente. A menor distância de Nei encontrada foi de 11,76% entre as populações de Carangola (CG) e São Francisco do Glória (SF). Este valor pode ser explicado pelo intercâmbio de matrizes e reprodutores que já ocorre entre esses dois criatórios geograficamente próximos entre si. Na análise dos componentes principais, foram observados grupos bem estruturados e definidos, agregando indivíduos à sua população de origem, com algumas exceções. A diversidade foi menor na população São Francisco que em Carangola e Castelo (CS). Esse resultado sugere que, em criatórios com 5 a 6 dezenas de animais (CG e CS), a variabilidade se mantém melhor que naquele com cerca de uma dúzia de animais (SF). A técnica de RAPD-PCR mostrou-se informativa para quantificar a variabilidade genética entre e intrapopulações de pacas. O fenograma gerado pelo método UPGMA por meio do programa NTSYS-PC a partir da distância de Nei agrupou CG e SF num mesmo ramo e este ligado ao CS, com acurácia de 76 e 100%, respectivamente, ao bootstrap. Esse resultado condiz com as informações geográficas e o histórico dos rebanhos e mostra a necessidade de substituição periódica de machos reprodutores. Mais estudos devem ser desenvolvidos com marcadores codominantes e com pacas de localidades mais distintas.

ASSUNTO(S)

animais silvestres biodiversidade conservação animal distância genética recursos genéticos animais

Documentos Relacionados