Diversidade, estrutura da assembleia de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) e variabilidade limnológica em poças perenes e intermitentes na região semiárida, Bahia, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Iheringia. Série Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

Ambientes temporários sofrem secas periódicas devido à escassez de água que interrompe a conectividade hidrológica com sistemas aquáticos adjacentes. No entanto, alguns ambientes retem água por mais tempo permitindo uma maior persistência das comunidades. Este estudo avaliou diferenças nas assembleias de microcrustáceos e na variabilidade limnológica entre poças perenes e temporárias em um rio intermimente na região semiárida da Bahia. As características abióticas das poças temporárias (temperatura da água, pH, alcalinidade total, condutividade elétrica e profundidade) foram mais afetadas do que nas poças perenes devido à perda total do volume de água. Isso pode ter contribuído para maior riqueza e índice de diversidade médio de microcrustáceos em alguns ambientes intermitentes, e a diferenças encontradas na estrutura das assembleias. Menores valores de diversidade e riqueza de espécies foram registrados nos locais com fatores físicos e químicos restritivos que tornaram o ambiente impróprio para os organismos, tais como: maior quantidade de sólidos em suspensão e condutividade elétrica da água e amplitude de variação do pH. Estes resultados sugerem que nos ambientes intermitentes, o desenvolvimento da comunidade é interrompido pela estação seca. Quando a água retorna, devido às chuvas ou soerguimento do lençol freático, cada ambiente apresenta um processo diferente de colonização. Nestas circunstâncias, a importância biológica dos ambientes aquáticos temporários é destacada, já que esses locais fornecem abrigos e têm um papel importante na manutenção da diversidade regional de ambientes aquáticos.

ASSUNTO(S)

zooplâncton rios temporários invertebrados caatinga

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