Diversidade e biogeografia de aranhas do Brasil: esforço amostral, riqueza potencial e áreas de endemismo

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/02/2011

RESUMO

A rápida redução na biodiversidade do planeta, devido a taxas anormalmente elevadas de extinção, constituem um dos maiores problemas ambientais do século XXI. Além disso, o conhecimento a cerca da biodiversidade permanece incompleto, particularmente nos trópicos, onde ainda há um grande número de espécies a serem descritas e muito pouco se conhece sobre sua distribuição. O conhecimento sobre a distribuição dos táxons, e dos processos que a influenciam, é fundamental para a tomada de medidas práticas de conservação. Devido à velocidade atual de perda de biodiversidade, são essenciais medidas eficientes de compilação do conhecimento atual sobre a distribuição de organismos, assim como estudos de biogeografia com base no conhecimento disponível atualmente. Nesse sentido, bancos de dados de distribuição de espécies podem ser úteis para revisões que mostrem o estado do conhecimento da diversidade de táxons e a biogeografia dos mesmos. Esses estudos são fundamentais para direcionar esforços de coleta, bem como para estabelecer prioridades para conservação e aperfeiçoar o conhecimento da biogeografia dos táxons. Nesta dissertação, um banco de dados de distribuição de espécies de aranhas é usado como modelo de estudo de biogeografia dos biomas brasileiros. Este estudo foi organizado em três capítulos. O capítulo I tem como foco a quantificação da influência de variações de esforço amostral na riqueza de espécies de aranhas no Brasil, e propõe uma alternativa para identificação de áreas de alta diversidade, excluindo o efeito amostral. O capítulo II testa a influência de variações de esforço amostral sobre estimadores de riqueza tradicionais e sobre um modelo de riqueza em espécies com base em variáveis ambientais, além de propor um mapa de áreas prioritárias para inventários com base na variação espacial de riqueza predita pelo modelo e de esforço amostral. Finalmente, o capítulo III tem dois objetivos principais: (1) propor um novo método para identificação de áreas de endemismo por meio da sobreposição distribucional das espécies de distribuição restrita, utilizando para isso um método de interpolação de densidade kernel. (2) Testar a hipótese de que variáveis climáticas podem atuar como barreiras para as espécies, determinando, assim, os limites das áreas de endemismo. Foi também testado se fatores climáticos históricos, como as oscilações do Pleistoceno, estão relacionadas à separação das áreas de endemismo.

ASSUNTO(S)

ecologia teses. aranha teses. aranha distribuição geográfica teses.

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