Diversidade de famílias de coleoptera em diferentes fragmentos florestais no município de Londrina, PR, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/02/2008

RESUMO

As transformações no ambiente e conseqüente fragmentação florestal resultaram na formação de fragmentos de hábitats circundados por matriz urbana ou agropecuária, causando mudanças físicas e biológicas destes fragmentos, inclusive em insetos como os Coleoptera, afetando ações biológicas, por eles exercidas, como a polinização, decomposição, predação, dispersão de sementes e reciclagem de nutrientes, podendo ainda, acarretar desequilíbrios como a invasão de pragas. Torna-se importante o estudo comparativo da fauna de áreas ainda conservadas e de áreas degradadas, para melhor compreensão do funcionamento das comunidades nos ecossistemas. Objetivando conhecer a riqueza e abundância de Coleoptera em fragmentos florestais com diferentes características, foram instaladas armadilhas do tipo ?pitfall? com diferentes iscas. As famílias de Coleoptera foram estudadas no período de setembro de 2005 a agosto de 2006 em três fragmentos florestais no município de Londrina, PR. Foram coletados 12931 espécimes, pertencentes a 16 famílias, sendo Scarabeidae, Nitidulidae e Staphylinidae responsáveis por mais de 95% da abundância em todos os fragmentos. As demais famílias foram capturadas em porcentagens inferiores a 4%. O maior número de espécimes foi capturado na família Scarabaeidae em iscas de sardinha e carne. Ocorreu maior abundância no fragmento de maior tamanho e mais conservado (Parque Municipal Mata dos Godoy), todavia a maior riqueza de famílias foi encontrada no fragmento de menor tamanho (Horto - florestal da Universidade Estadual de Londrina), sendo estes ambientes os mais semelhantes com relação à riqueza e abundância. O índice de diversidade de Shannon-Wiener aponta o fragmento de tamanho intermediário, localizado em área urbana, como o mais diverso. A partir da 7ª coleta todas as famílias capturadas estavam representadas na curva de acumulação. A maior abundância de Coleoptera foi capturada nos meses de Novembro a Janeiro. Nos meses com menor precipitação, verificou-se que a abundância de Coleoptera foi reduzida demonstrando sazonalidade deste grupo. As diferentes influências antrópicas nos fragmentos ou mesmo o estado de conservação dierenciado de cada um parece não intervir na dinâmica das famílias.

ASSUNTO(S)

fauna florestal inseto florestal forest insects forest fauna

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