Diversidade de Culicidae durante os períodos crepusculares em bioma de Floresta Atlântica e paridade de Anopheles cruzii (Diptera: Culicidae)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

O objetivo da investigação foi analisar a variação da diversidade e abundância das espécies de Culicidae e sua relação com algumas variáveis ambientais, bem como estimar a taxa de paridade de Anopheles cruzii Dyar & Knab, 1908. O estudo foi desenvolvido em Floresta Ombrófila Densa da Mata Atlântica, localizada no Estado do Paraná, denominada de Floresta Estadual do Palmito. As capturas foram executadas quinzenalmente, de dezembro 2006 a março 2007, com a técnica de "aspiração menor", nos crepúsculos vespertino e matutino, iniciando antes dos crepúsculos e finalizando após os crepúsculos. Foram detectadas 25 espécies, sendo as mais abundantes, Anopheles cruzii (65,2%), Culex sachettae Sirivanakarn & Jacob, 1982 (11,2%) e Anopheles bellator Dyar & Knab, 1906 (8,5%). De acordo com análise de variância, ocorreu diferença significativa na freqüência entre os períodos crepusculares para seguintes espécies: Aedes scapularis (Rondone, 1848) (p = 0,03651), Coquillettidia chrysonotum (Peryassu, 1922) (p = 0,00795), Mansonia fonsecai (Pinto, 1932) (p = 0,00804), e Runchomyia theobaldi Lane & Cerqueira, 1934 (p = 0,01996). Não houve correlação significativa com a abundância das principais espécies capturadas e as médias dos fatores abióticos avaliados. A taxa de paridade de Anopheles cruzii atingiu média percentual de 48%, não existindo correlação entre a abundância e a taxa de paridade. O crepúsculo exerce influência no comportamento apetente das espécies de Culicidae. A comparação de similaridade entre os crepúsculos apontou para elevada semelhança da composição específica. Anopheles cruzii atingiu dominância nos períodos vespertino e matutino, sendo a diversidade de forma geral reduzida nestes períodos.

ASSUNTO(S)

culex sacchettae paridade

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