DIVERSIDADE BETA EM COMUNIDADES DE LAGARTOS EM DUAS ECORREGIÕES DISTINTAS NA AMAZÔNIA
AUTOR(ES)
Luiz Felipe Pimenta de Moraes
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Apesar de ter sido demonstrado nos últimos anos que a Floresta Amazônica não é uma entidade homogênea, pouco ainda se conhece sobre o efeito das diferenças estruturais encontradas na floresta em prever a distribuição das espécies. Menos ainda se conhece sobre padrões de distribuição de espécies de lagartos na Amazônia em mesoescala. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a diversidade beta em comunidades de lagartos, e suas relações com cinco variáveis ambientais (altitude, inclinação, granulometria do solo, abertura de dossel e disponibilidade de alimento). O trabalho foi realizado durante a estação seca, entre setembro de 2006 e março de 2007, em duas áreas de 25km2 na Amazônia setentrional, pertencentes a ecorregiões distintas, e que possuem grande heterogeneidade ambiental, apresentando áreas de floresta de terra-firme, campina e campinarana. Foram realizados três amostragens diurnas em 59 parcelas de 250 metros de comprimento pelos métodos de transecto de amostragem visual e busca ativa na liteira. A composição das espécies de lagartos, para dados de abundância e presença/ausência, foi representada por eixos de ordenação de PCoA a partir de matrizes de associação Bray-Curtis ou Sørensen, e as análises inferenciais foram feitas utilizando MANCOVA e Regressão Múltipla Multivariada. As comunidades de lagartos do Parna Viruá e Esec Maracá compartilharam um grande número de espécies, e não apresentaram um padrão claro de substituição de espécies, revelando uma baixa diversidade beta associada com a heterogeneidade ambiental. As maiores diferenças relacionadas à composição de espécies de lagartos entre as áreas parecem estar relacionadas a fatores históricos ou biogeográficos, e à abundância de indivíduos a heterogeneidade ambiental. Somente abertura de dossel e inclinação do terreno revelaram um padrão associado à composição das comunidades de lagartos. Parece que, em ambientes florestais, a variação natural da floresta em escala de hectares é suficiente para manter a maioria das espécies.
ASSUNTO(S)
padrões de distribuição amazônia setentrional. heterogeneidade ambiental disponibilidade de alimento ecologia comunidades de lagartos
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.inpa.gov.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=243Documentos Relacionados
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