Diversidade alimentar de crianças indígenas de dois municípios da Amazônia Ocidental brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-07

RESUMO

Resumo Objetivou-se explorar a prática alimentar das crianças indígenas de zero a dois anos, residentes nos municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima no Acre. Realizou-se estudo transversal com crianças indígenas das etnias Katukina (Cruzeiro do Sul), Nukini, Nawa e Poyanawa (Mâncio Lima) em outubro de 2013. Utilizou-se um questionário estruturado sobre o consumo alimentar do dia anterior à coleta, baseado nos indicadores alimentares propostos pelo Ministério da Saúde. Estudou-se 94 crianças (50% da etnia Katukina, 27% Poyanawa, 13% Nukini e 10% da Nawa). As crianças menores de 6 meses de idade, apesar da maioria receber leite materno, 42,1% delas consumiam água, 15,8% comida de sal e 11,1% preparados típicos da região. Nas faixas de idade de 6 a 12 meses e 13 a 23 meses identificou-se um alto consumo de alimentos ultraprocessados (52,6% e 28,6% respectivamente) enquanto que o consumo de alimentos complementares relevou-se insuficiente (33% de frutas e 25% de comida de sal na faixa de 6 a 13 meses e 41,2% de frutas e 19,6% de comida de sal na faixa de 13 a 23 meses). O perfil alimentar das crianças indígenas mostrou-se inadequado para a idade, refletindo uma situação preocupante na saúde infantil desta população.

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