Divergências na terapia anti-hipertensiva em situações especiais em nefrologia
AUTOR(ES)
Lemos, Marcelo Montebello, Pedrosa, Alessandra Coelho, Tavares, Alze Pereira, Góes, Miguel Ângelo, Draibe, Sérgio Antônio, Sesso, Ricardo
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-01
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: A escolha da droga anti-hipertensiva depende de diversos fatores. Determinadas situações geram dúvida e discordância entre médicos. O objetivo foi avaliar a conduta de nefrologistas e clínicos em situações hipotéticas relacionadas ao tratamento da hipertensão. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, na Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil. MÉTODO: Foi aplicado um questionário com cinco casos clínicos hipotéticos durante o X Encontro Paulista de Nefrologia, com o objetivo de avaliar a primeira escolha de droga anti-hipertensiva em cada situação, contemplando as principais dúvidas relacionadas. RESULTADOS: Foram analisados 165 questionários. A maior parte dos médicos era composta por nefrologistas (93,2%). Houve preferência pelo uso dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) em dois dos cinco casos. Apenas 57,2% acertaram na escolha do beta-bloqueador como primeira opção nos pacientes com coronariopatia. Além disso, 66,2% optaram por IECA como drogas de eleição em renais crônicos com proteinúria. Aproximadamente 5% dos colegas não seguiram as recomendações quanto ao uso dos IECA ou ARA em diabéticos com microalbuminúria. A questão com mais divergências foi a que avaliou a droga de escolha na doença renal crônica em fase avançada. A maior parte dos médicos acertou ao evitar o uso dos IECA na hipertensão renovascular em pacientes com rim único funcionante. CONCLUSÕES: A maior parte dos colegas adota condutas coerentes com os consensos relacionados à hipertensão arterial e doença renal, contudo, uma parcela não desprezível diverge e adota condutas não recomendadas.
ASSUNTO(S)
hipertensão anti-hipertensivos nefropatias diretrizes medicina baseada em evidências
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