Ditadura militar, esquerda armada e memória social no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/05/2011

RESUMO

A tese discute a relação entre a ditadura militar e a esquerda armada brasileira nos anos 1960- 70 e seus reflexos na memória social a respeito daquele período. A preparação do golpe de 1964 e a estruturação do regime militar freqüentemente são atribuídas à Doutrina de Segurança Nacional (DSN), que teria fundamentado racionalmente a ação e o pensamento dos militares brasileiros. Desse ponto de vista, a montagem de um eficiente aparato informativorepressivo seria resultante das diretrizes da DSN. Porém, como o trabalho demonstra, a esquerda armada jamais representou uma ameaça concreta à ditadura. Usando precisamente a guerrilha como justificativa para o recrudescimento do regime, parte das Forças Armadas buscou se impor sobre as demais tendências militares. Mais tarde, quando a memória social acerca do período militar começou a ser construída, a esquerda armada apareceu como uma das responsáveis pelo fim da ditadura, quando se sabe que o regime foi quem se fortaleceu no combate à guerrilha. A criação, consolidação e reprodução desse e de outros mitos a respeito da antiga esquerda armada ocorreu durante a mobilização pela anistia, no final dos anos 1970, e nas Diretas Já!, na década seguinte, quando ex-guerrilheiros estiveram em contato com amplos setores da sociedade que se opunham à ditadura e lutavam pela volta da democracia.

ASSUNTO(S)

brasil - política e governo guerrilhas sociologia revolution revolução memória social social memory democracia ditadura military dictatorship democracy partidos e organizações políticas luta armada armed struggle brasil - transição política esquerda left

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