DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ESTRUTURA POPULACIONAL DE PALMEIRAS (ARECACEAE) EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DE TERRAS BAIXAS NO SUL DO BRASIL
AUTOR(ES)
Cappelatti, Laura, Schmitt, Jairo Lizandro
FONTE
Ciênc. Florest.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
No Rio Grande do Sul, a Floresta Ombrófila Densa está reduzida a menos de 5% da sua área original, porém, apresenta a maior riqueza de palmeiras do estado, que constituem um grupo importante e economicamente relevante. Aspectos ambientais e demográficos de populações de plantas em remanescentes florestais são de grande importância para o seu manejo e conservação. Nós conduzimos o estudo da distribuição populacional e estrutura etária de cinco espécies de palmeiras em um fragmento florestal no município de Três Cachoeiras, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Delimitamos 25 parcelas de 10 x 10 m e contamos o número de indivíduos em estádio de plântula, jovem e adulto para cada uma das espécies. Calculamos Índices de agregação (Ia) com o programa SADIEShell. Também desenvolvemos análises de partição de variação entre a distribuição das espécies e as variáveis ambientais, abertura de dossel e umidade do solo. Ao total, foram registrados 1443 indivíduos e a espécie mais abundante foi Euterpe edulis. A densidade média foi de 57,72 ind. 100 m-2. Três espécies apresentaram padrão "J reverso", o que indica que elas têm um potencial de regeneração nessa comunidade de palmeiras. O padrão espacial predominante foi o agregado (Ia > 1) e o grau de abertura do dossel não influenciou a abundância de nenhuma espécie. Apenas a distribuição de Bactris setosa e Geonoma gamiova, ambas de sub-bosque, foi explicada pela umidade do solo, sugerindo que outros fatores abióticos ou bióticos podem estar influenciando o arranjo espacial das espécies de dossel.
ASSUNTO(S)
mata atlântica ecologia de populações umidade do solo abertura do dossel
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