Distribuição espacial e abundância do coral invasor Tubastraea (Cnidaria, Scleractinia) na Ilha Grande, Brasil
AUTOR(ES)
Paula, A. F., Creed, J. C.
FONTE
Brazilian Journal of Biology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-11
RESUMO
A distribuição e abundância do coral azooxantelado Tubastraea Lesson, 1829 foram estimadas em diferentes profundidades e inferido seu ângulo preferencial de ocorrência em costões rochosos da Ilha Grande, Brasil. Tubastraea é um escleractínio ahermatípico introduzido no Brasil que, provavelmente, chegou incrustado em casco de navios e/ou plataformas de petróleo na década de 80. O coral exótico foi encontrado em uma extensão geográfica de 25 km no Canal Central da Ilha Grande. A abundância de Tubastraea foi quantificada em relação à profundidade usando três diferentes métodos: densidade de colônias e porcentagem de cobertura por estimativa visual e pontos de intersecção. O coral Tubastraea demonstrou ter ampla tolerância à temperatura e dessecação, sendo encontrado em águas muito rasas (0,1-0,5 m), apesar de haver substrato consolidado disponível em maiores profundidades em todas as estações amostradas. Em todas as estações 1-5 colônias foram mais freqüentemente encontradas em cada 0,25 m², porém, ocasionalmente, mais que 50 colônias por 0,25 m² foram encontradas, indicando um padrão de agregação na distribuição espacial deste coral. Tubastraea foi encontrado ocupando todos os possíveis ângulos de inclinação no Canal Central da Ilha Grande, porém, a maior parte das colônias foram encontradas ocupando ângulos entre 80-100°. Desta forma, a amplitude de inclinação de substrato e profundidades viáveis ao recrutamento do coral indicam que este organismo, de grande tolerância ecológica, tem a potencialidade de colonizar novas áreas e aumentar sua distribuição no Brasil.
ASSUNTO(S)
profundidade inclinação brasil introdução scleractinia
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