Distribuição espacial de palinomorfos na superfície dos sedimentos de fundo da Lagoa do Campelo, região Norte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

Quatro amostras do sedimento superficial de fundo da Lagoa do Campelo foram coletadas em uma transecção de 500 m por 500 m de uma borda a outra, na direção nordeste/sudoeste, direção dominante dos ventos na região. A análise dos grãos de pólen, esporos de Pteridophyta e algas foi usada para a avaliação da variação espacial de deposição de palinomorfos e seus níveis de deterioração. No total, 58 tipos polínicos foram identificados. Em sua maioria foram de Cyperaceae, Poaceae e Typhaceae. Grãos de pólen ocorreram em todas as amostras analisadas, mas a área de maior concentração relacionou-se à borda nordeste da lagoa. A borda sudoeste apresentou altas percentagens de pólen e esporos com a exina degradada e com danos mecânicos, provavelmente porque foram carreados através da lagoa pelas correntes aquáticas impulsionadas pelo vento, confirmando ser a tendência deposicional dos palinomorfos danificados na mesma da direção dos ventos dominantes. Entre os tipos polínicos arbóreos e arbustivos, Alchornea, Arecaceae, Cecropia, Celtis, Clethra e Myrtaceae foram os dominantes e apresentaram mais de 1.000 grãos por grama de sedimento fresco. A quantidade de esporos de Pteridophyta foi praticamente constante em todas as amostras (± 10% do total de palinomorfos). As algas Pediastrum tetras (Ehrenberg) Ralfs e Mougeotia ocorreram em todas as amostras, Spirogyra somente em três delas. Os resultados obtidos fornecem novas informações sobre a riqueza, concentração e distribuição dos palinomorfos na lagoa, representando a vegetação local e regional.

ASSUNTO(S)

palinomorfos sedimentação holoceno recente lagoa do campelo rio de janeiro

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