Distribuição espacial das cesarianas no Estado de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

Objetivo: identificar padrões espaciais para partos cesarianos por microrregião do Estado de São Paulo. Métodos: estudo ecológico e exploratório com dados de nascidos vivos entre 2003 e 2007 de 63 microrregiões do Estado de São Paulo. As variáveis analisadas neste estudo foram, além de taxas de parto cesariano, taxas de mães adolescentes, de mães com alta escolaridade e de mães que realizaram pelo menos 7 consultas no pré-natal. Foram calculados os índices de Moran (I), que estimam autocorrelação espacial das taxas das variáveis acima descritas e identificam a presença de aglomerados espaciais. Essas taxas foram visualizadas pelos mapas temáticos; microrregiões com alta prioridade de atenção foram identificadas pelo mapa de Moran. Foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis. Resultados: houve 3.045.293 partos, sendo 1.636.009 (53,72%) partos cesarianos. Foi possível identificar aglomerados espaciais de cesarianas (I = 0,58 e p < 0,01) nas microrregiões ao norte e noroeste do Estado, além de Guaratinguetá. Os valores dos índices de Moran foram, para as taxas de mães adolescentes, I = 0,32; para as taxas de alta escolaridade, I = 0,30; e para as taxas do número de consultas, I = 0,24, todos significativos (p<0,01). Foram identificadas microrregiões com alta prioridade de intervenção. As taxas de cesarianas estiveram correlacionadas significativamente com as taxas de alta escolaridade materna e com número de consultas. Conclusão: a identificação desses aglomerados de microrregiões com altas taxas de cesarianas permite aos gestores de saúde implantar políticas para minimizar tais taxas.

ASSUNTO(S)

distribuição espacial da população saúde pública cesariana idade materna escolaridade materna sistemas de informação geográfica

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