Distribuição da fasciolose bovina e fatores associados no sul do Espírito Santo, Brasil: uma atualização

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Parasitol. Vet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-03

RESUMO

Realizou-se um estudo atualizado da distribuição geográfica e dos fatores associados à fasciolose bovina, no Sul do Estado do Espírito Santo, e calculadas a prevalência de moluscos do gênero Lymnaea no município de Jerônimo Monteiro. Na primeira etapa, coletaram-se amostras fecais de 10% dos rebanhos de 115 propriedades, em 23 municípios, e realizaram-se entrevistas com os proprietários. Modelos lineares generalizados mistos foram utilizados. Na segunda etapa, em Jerônimo Monteiro, coletaram-se fezes e moluscos em todas as propriedades cadastradas nas cooperativas de leite da região. Os moluscos foram identificados e examinados quanto à infecção por Fasciola hepatica. A fasciolose foi diagnosticada em 18 (78%) dos 23 municípios. Das 1157 amostras fecais examinadas, 19,01% foram positivas para ovos de F. hepatica. O modelo final mostra, concomitantemente, evidências estatísticas de associação entre propriedades positivas e casos anteriores de fasciolose e de pastoreio de bovinos com outros hospedeiros definitivos. Em Jerônimo Monteiro, a prevalência de fasciolose foi 66,7% e de Lymnaea 23,8%. Moluscos foram encontrados em áreas alagadas e em bebedouros dos animais. A ampla distribuição geográfica da fasciolose bovina, no Sul do Espírito Santo, requer medidas de controle que evitem sua expansão em direção ao Norte do Estado.

ASSUNTO(S)

fasciola hepática lymnaea epidemiologia

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