Dissecções de Borda Após Implante Coronário de Suportes Vasculares Biorreabsorvíveis. Análise Seriada com Tomografia de Coerência Óptica
AUTOR(ES)
Chamié, Daniel, M. Filho, Evandro, Grandi, Fábio, Costa, Ricardo A., Costa Jr., J. Ribamar, Siqueira, Dimytri, Staico, Rodolfo, Feres, Fausto, Abizaid, Andrea, Tanajura, Luiz Fernando, Sousa, Amanda G.M.R., Abizaid, Alexandre
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Introdução: A incidência de dissecções de borda, após o implante de suportes vasculares biorreabsorvíveis (SVBs), ainda não foi investigada. Esses suportes têm hastes mais espessas e requerem pré-dilatação mais agressiva no implante. Avaliamos a incidência de dissecções de borda após implante de SVBs, seus aspectos morfométricos e o processo de cicatrização, com imagens de tomografia de coerência óptica (OCT) seriadas. Métodos: Incluímos pacientes consecutivos, que foram tratados com SVBs polimérico, e que possuíam avaliação com OCT após o procedimento e aos 6 meses de evolução. Dissecções de borda foram definidas como rupturas da superfície luminal nos 5 mm distais ou proximais ao SVB. Resultados: Das 96 bordas de 48 SVB implantados em 48 lesões de 48 pacientes, 91 bordas estavam disponíveis para a análise. Dissecções foram detectadas pela OCT em 28 bordas (30,7%) de 22 lesões (45,8%), com igual distribuição entre as bordas distais e proximais. Todas as dissecções apareceram como flaps e não foram visualizadas pela angiografia. Doença aterosclerótica esteve presente em 96,4% das bordas dissecadas; a maioria era fibrocalcificada (40,8%) e mais de um terço era rica em lipídio. O comprimento médio das dissecções foi 1,80 mm e a área média dos flaps tinha 0,30 mm. A maioria das dissecções (89,3%) era superficial, restrita à camada íntima/ateroma. No seguimento de 6 meses, 92,8% das dissecções cicatrizaram e não houve redução significativa nas dimensões luminais nos segmentos de borda, com apenas um caso de reestenose. Conclusões: Dissecções de borda são frequentes após implante de SVBs poliméricos. As dissecções, apenas detectadas pela OCT, foram curtas, superficiais, sem comprometimento do fluxo coronário e apresentaram evolução clínica favorável.
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