Dispersão de sementes de Hymenaea courbaril (Fabaceae) em uma floresta tropical úmida com exploração madeireira na Amazônia peruana
AUTOR(ES)
Gorchov, David L., Palmeirim, Jorge M., Ascorra, Cesar F.
FONTE
Acta Amazonica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
Foi estudada a dispersão de sementes de Hymenaea courbaril, seguindo o destino de 585 sementes marcadas com imãs e expostas a potenciais dispersores, colocadas em agregados no interior e próximo de uma faixa de floresta cortada, na Amazónia peruana. Mamíferos retiraram frutos de todos os agregados, localizados no interior da floresta, na sua borda, e na clareira. As taxas de remoção foram baixas - mediana de 8.1 frutos/mês em agregados mantidos com 8-10 frutos - mas foram mais altas em agosto que nos primeiros meses do ano. A maior parte dos frutos foi abandonada próxima do agregado de origem ou as suas sementes foram consumidas, mas > 13% foram dispersos com sucesso. A maior parte das sementes dispersas foi enterrada, o que favorece a germinação. A distância máxima de dispersão de sementes vivas foi de 12.1 m (mediana 3.1 m), mas outros imãs foram transportados até 34 m, indicando que as sementes foram dispersas mais longe, mas foram consumidas depois. Cutiaras (muito provavelmente Myoprocta pratti) e cutias (Dasyprocta fuliginosa) parecem ter sido os principais agentes de dispersão. A dispersão de sementes da floresta para o interior da clareira foi rara, sugerindo que apesar de alguns roedores dispersarem H. courbaril, não se pode ficar dependente deles para o repovoamento desta e de outras espécies em clareiras recentes.
ASSUNTO(S)
caesalpinioideae dasyprocta fuliginosa myoprocta pratti predação de sementes manejo floresta
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