Dispersão axilar de anestésico local após bloqueio interfascial torácico guiado por ultrassom - estudo radiológico e em cadáver

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-12

RESUMO

Resumo Justificativa Os analgésicos orais à base de opioides têm sido usados para o manejo da analgesia nos períodos peri e pós-operatório de pacientes submetidos à linfadenectomia axilar. A região axilar é uma zona difícil de bloquear e não há registro de uma técnica de anestesia regional específica que ofereça o seu bloqueio adequado. Métodos Após a aprovação do Conselho de Ética institucional, estudos anatômicos e radiológicos foram feitos para determinar a deposição e disseminação de azul de metileno e anestésico local, respectivamente injetados na axila via plano interfascial torácico. Exames de ressonância magnética foram então feitos em 15 de 34 pacientes programados para cirurgia de mama unilateral que envolveria qualquer um dos seguintes procedimentos: esvaziamento axilar, biópsia de linfonodo sentinela, biópsia de linfonodo axilar ou mamas supranumerárias, para verificar a deposição e o tempo de propagação da solução dentro do plano interfascial torácico in vivo. Resultados Estudos radiológicos e em cadáveres mostraram que a injeção de anestésico local e azul de metileno via plano interfascial torácico com a técnica guiada por ultrassom resulta em deposição confiável na axila. Nos pacientes, a injeção de anestésico local produziu um bloqueio sensitivo axilar confiável. Esse achado foi corroborado por estudos de ressonância magnética que mostraram sinais hiperintensos na região axilar. Conclusões Esses achados definem as características anatômicas do bloqueio da região axilar e destacam o potencial clínico desses novos bloqueios.

ASSUNTO(S)

anestesia por condução axila músculos intercostais bloqueio do plexo braquial nervos intercostais excisão de linfonodo ultrassonografia

Documentos Relacionados