Disparidades na epidemiologia e no tratamento de câncer nas populações indígenas brasileiras
AUTOR(ES)
Aguiar Jr., Pedro Nazareth, Stock, Gustavo Trautman, Lopes Jr., Gilberto de Lima, Almeida, Michelle Samora de, Tadokoro, Hakaru, Gutierres, Bárbara de Souza, Rodrigues, Douglas Antônio
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-09
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados a câncer em populações indígenas. Métodos: Estudo retrospectivo conduzido em um hospital universitário público. Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais, diagnosticados com tumores sólidos e acompanhados entre 2005 e 2015. Os aspectos clínicos foram avaliados por meio de estatística descritiva, e a sobrevida foi avaliada por meio de curvas de Kaplan-Meier e regressão multivariada de Cox. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes. A incidência de câncer foi 15,73 por 100 mil. A média de idade ao diagnóstico foi 54 anos, e a maioria era do sexo feminino (58%). O câncer de colo uterino (28%) e o de próstata (16%) foram os mais frequentes. O tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi 9 meses, e entre o diagnóstico e o tratamento, de 3,4 meses. Doença diagnosticada no estágio IV (17%) resultou em pior sobrevida global (HR: 11,4; p<0,05). A sobrevida em 5 anos variou de 88% para o câncer de próstata a 0% para pulmão. Todas as taxas de sobrevida em 5 anos foram menores em comparação a outras populações. Conclusão: Os locais mais frequentes de neoplasia foram colo de útero e próstata. O estágio da doença e o sítio primário foram fatores prognósticos.
ASSUNTO(S)
epidemiologia saúde pública origem étnica e saúde neoplasias acesso aos serviços de saúde brasil
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