Dislipidemia e obesidade materna: prematuridade e prognóstico neonatal
AUTOR(ES)
Nascimento, Iramar Baptistella do, Dienstmann, Guilherme, Souza, Matheus Leite Ramos de, Silva, Thiago Ribeiro e, Fleig, Raquel, Silva, Jean Carl
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-03
RESUMO
Resumo Objetivo: Identificar as alterações provocadas pela dislipidemia e pela obesidade na gestação que sugerem causas de partos prematuros e o prognóstico para o recém-nascido. Método: Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase e da biblioteca Cochrane entre os anos de 1996 e 2016. O processo de seleção ocorreu a partir dos descritores dislipidemia, gravidez, obesidade, nascimento prematuro. Um protocolo foi programado, havendo uma etapa seletiva de inclusão/exclusão das pesquisas. Resultados: Dentre os 5.789 artigos inicialmente selecionados entre março e julho de 2016, somente 32 estavam de acordo com os critérios estabelecidos. Desses, 28,12% focavam nos fatores de risco da prematuridade; 37,50%, em alterações metabólicas e dislipidemia gestacional; 21,87%, em intercorrências dislipidêmicas no parto prematuro; 12,50%, em metabolismo lipídico, glicêmico e transferências pela placenta. Conclusão: Existe uma menor adaptação da gestante obesa às mudanças metabólicas da gestação, favorecendo intercorrências dislipidêmicas na mãe, o que, direta ou indiretamente, sugere a ocorrência de partos prematuros e uma elevada transferência de lipídios para o feto. Portanto, recém-nascidos prematuros de mães dislipidêmicas durante a gravidez apresentam maior risco de desenvolver gordura epicárdica tanto na fase precoce (primeiro ano de vida) quanto na tardia (vida adulta).
ASSUNTO(S)
dislipidemias gravidez obesidade nascimento prematuro