Dislipidemia e obesidade materna: prematuridade e prognóstico neonatal

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-03

RESUMO

Resumo Objetivo: Identificar as alterações provocadas pela dislipidemia e pela obesidade na gestação que sugerem causas de partos prematuros e o prognóstico para o recém-nascido. Método: Revisão sistemática nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase e da biblioteca Cochrane entre os anos de 1996 e 2016. O processo de seleção ocorreu a partir dos descritores dislipidemia, gravidez, obesidade, nascimento prematuro. Um protocolo foi programado, havendo uma etapa seletiva de inclusão/exclusão das pesquisas. Resultados: Dentre os 5.789 artigos inicialmente selecionados entre março e julho de 2016, somente 32 estavam de acordo com os critérios estabelecidos. Desses, 28,12% focavam nos fatores de risco da prematuridade; 37,50%, em alterações metabólicas e dislipidemia gestacional; 21,87%, em intercorrências dislipidêmicas no parto prematuro; 12,50%, em metabolismo lipídico, glicêmico e transferências pela placenta. Conclusão: Existe uma menor adaptação da gestante obesa às mudanças metabólicas da gestação, favorecendo intercorrências dislipidêmicas na mãe, o que, direta ou indiretamente, sugere a ocorrência de partos prematuros e uma elevada transferência de lipídios para o feto. Portanto, recém-nascidos prematuros de mães dislipidêmicas durante a gravidez apresentam maior risco de desenvolver gordura epicárdica tanto na fase precoce (primeiro ano de vida) quanto na tardia (vida adulta).

ASSUNTO(S)

dislipidemias gravidez obesidade nascimento prematuro

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