Disfunção temporomandibular e sua relação com hábitos parafuncionais em adolescentes estudantes do ensino médio: um problema de saúde pública?

AUTOR(ES)
FONTE

RGO, Rev. Gaúch. Odontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-03

RESUMO

RESUMO Objetivo: Verificar a prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular e sua relação com hábitos parafuncionais em uma amostra de adolescentes. Métodos: A amostra foi constituída de 129 estudantes, de 16 a 19 anos de escolas públicas de ensino médio. Os dados foram coletados por meio de: um questionário sobre os hábitos parafuncionais e sintomas de disfunção temporomandibular, o Índice anamnésico DMF de Fonseca e um protocolo resumido de avaliação clínica de disfunção temporomandibular. Os dados foram analisados de forma descritiva, com a análise estatística realizada pelo Teste Qui-quadrado (x2) e Exato de Fisher. Resultados: Houve prevalência de 84,5% de indivíduos com algum grau de disfunção temporomandibular. O hábito parafuncional mais frequente foi o de mascar chicletes (65,9%) e o hábito de morder objetos teve associação significativa com a presença de disfunção temporomandibular (p=0,042) Houve associação estatisticamente significante entre sexo e disfunção temporomandibular (p=0,032), disfunção temporomandibular e hábitos (p=0,014), disfunção temporomandibular e tensão emocional (p<0,01) e tensão e necessidade de tratamento (p<0,01). Além disso, houve associação entre sensibilidade muscular e mastigação unilateral (p=0,045) e mastigação de gelo/pirulitos (p=0,04). Conclusão: Conclui-se que nos adolescentes do ensino médio houve alta prevalência de disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais, bem como a associação entre os dois, sendo necessário o estabelecimento de políticas públicas de prevenção e acesso a tratamento para esse problema e grupo etário específico.

ASSUNTO(S)

adolescente hábitos saúde bucal transtornos da articulação temporomandibular

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