Disfunção familiar em nonagenários e centenários: importância das condições de saúde e suporte social
AUTOR(ES)
Rigo, Ilva Inês; Bós, Ângelo José Gonçalves
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-06
RESUMO
Resumo O presente estudo tem como objetivo avaliar os fatores relacionados à disfunção familiar (DF) entre 227 nonagenários e centenários identificados e avaliados no domicílio, aleatoriamente selecionados, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A DF foi avaliada pelo instrumento “APGAR da família”, sendo considerado, no presente estudo, de zero a seis com DF e de sete a dez sem DF. Foram avaliados, entre abril e novembro de 2016, dados sociodemográficos, econômicos, funcionalidade física, autopercepção de saúde, comorbidades, sintomas depressivos, função cognitiva, suporte e interação social. A média do APGAR foi de 9,05±1,81, a DF ocorreu em 9,69% dos participantes. Foram relacionados à DF a autopercepção de saúde (p=0,0003), número de sintomas depressivos (p<0,0001), ter ajuda em caso de doença (p=0,0090) e necessidade de ajuda para administrar medicamentos (p=0,0602). Na análise ajustada, foram independentemente associados à DF em nonagenários e centenários a autopercepção de saúde, a presença de sintomas depressivos e a necessidade de ajuda para administrar medicamentos. Conclui-se que esses fatores parecem interferir na satisfação do nonagenário ou centenário com suas relações familiares.
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