Disfonia infantil: aspectos epidemiológicos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/11/2001

RESUMO

Introdução: O diagnóstico das disfonias na infância tem sido facilitado, nos últimos anos, pelo desenvolvimento de métodos diagnósticos de fácil execução técnica, como a laringoscopia indireta com fibra óptica9. Objetivo: O presente estudo teve o objetivo de avaliar a incidência das diversas lesões laríngeas nos exames de videolaringoscopia de crianças com queixas vocais realizados no Setor de Laringologia do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Forma de estudo: Retrospectivo clínico não randomizado. Material e método: Realizamos estudo retrospectivo, analisando 34 exames de videolaringoscopia de crianças realizadas neste serviço, no período de março de 1999 a março de 2000. No levantamento realizado, apresentou interesse especial a incidência quanto ao sexo e idade; o tipo de lesão laríngea, se isolada ou associada; a coaptação glótica e a presença de sinais sugestivos de refluxo gastroesofágico (RGE). Resultados: Foram identificadas 18 crianças portadoras de nódulo vocal (53%), 7 de cisto de prega vocal (21%), 1 criança com lesão nodular inespecífica (3%) e 8 crianças apresentaram o exame normal (23%). A idade das crianças com nódulo vocal variou de 4 a 13 anos, com média de 9 anos; não houve correlação da lesão com o gênero. A idade das crianças com cisto vocal variou de 10 a 13 anos, com média de 11,2 anos; também não houve correlação da lesão com o gênero da criança. Achados sugestivos de RGE foram encontrados em apenas 1 criança, sendo esta portadora de nódulo vocal. Conclusão: O nódulo vocal foi a lesão mais comum observada nas crianças avaliadas, sem prevalência quanto ao sexo, com uma média de idade de 9 anos.

ASSUNTO(S)

disfonia crianças laringe

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