Discriminação isotópica de carbono e produtividade do arroz de sequeiro afetado por seca no florescimento

AUTOR(ES)
FONTE

Pesquisa Agropecuária Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-10

RESUMO

Experimentos de campo, envolvendo genótipos de arroz de sequeiro, em várias datas de semeadura, realizadas tardiamente na estação de cultivo, foram conduzidos para investigar a relação da discriminação isotópica de carbono com a produtividade de grãos e resistência à seca. Em cada ano, um experimento foi mantido em boas condições hídricas, enquanto o outro sofreu falta de água, por período de 18-23 dias, abrangendo a emergência da panícula e florescimento. A deficiência hídrica reduziu a discriminação isotópica de carbono dos açúcares solúveis (deltas) extraídos do último entrenó do colmo, ao final do período de estresse, causando um efeito relativamente menor sobre a matéria seca das folhas amostradas na mesma ocasião, ou dos entrenós superiores e grãos amostrados na colheita. A redução de deltas induzida por deficiência hídrica foi acompanhada de redução da fertilidade das espiguetas e do rendimento dos grãos. Nos três experimentos submetidos a estresse hídrico, os genótipos de maior rendimento e fertilidade de espiguetas apresentaram os menores valores de deltas. Esta relação, no entanto, foi fraca, concluindo-se, assim, que deltas não é um indicador seguro da resistência à seca em arroz, para ser utilizado com eficiência em programas de melhoramento. Por outro lado, o rendimento de grãos e a fertilidade das espiguetas dos genótipos que apresentaram o florescimento mais precocemente no período de imposição do estresse foram menos afetados pela seca. Assim, o momento de ocorrência da seca, em relação à emergência da panícula e ao florescimento, parece ser mais decisivo na determinação do rendimento de genótipos do que o deltas.

ASSUNTO(S)

oryza sativa deficiência hídrica entrenós fertilidade das espiguetas

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