Disabilities handicapped and state of health of the handicapped: a populational-based surveys about health carried through in cities of the State of São Paulo / Prevalência de deficiências e estado de saúde dos deficientes: inquéritos de saúde de base populacional realizado em municípios do Estado de São Paulo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Objetivo. Avaliar o perfil de saúde, o acesso aos serviços de saúde e as condições de vida dos deficientes em áreas do Estado de São Paulo. Metodologia. A pesquisa utilizou os dados de um Inquérito Multicêntrico de Saúde no Estado de São Paulo em 2002 e de outro, realizado na capital em 2003. Os entrevistados que referiram deficiências foram a população estudada segundo as variáveis que compõem o banco de dados. Os dados foram digitados em Epi-Data e analisados em SPSS e STATA. Resultados. A prevalência de alguma deficiência foi de 143,2 por mil; deficiência visual (DV), 63,21 por mil; deficiência auditiva (DA), 43,01 por mil e a deficiência física (DF) de 11,06 por mil. Os acidentes de trabalho foram a segunda causa de DA em homens; os acidentes de trânsito foram a segunda causa das DF nos homens. As prevalências das deficiências aumentaram com a idade; foram maiores nas mulheres e nas pessoas com menos de 3 anos de escolaridade. A prevalência de DA e DF foi maior entre os homens. Entre os deficientes a prevalência de algumas doenças crônicas foi maior que entre os não-deficientes. Houve mais morbidades nos 15 dias anteriores à entrevista entre os DV e DA quando comparados com os não-deficientes. Entre os DV, 18,94% necessitavam de assistência médica regular; entre os DA, 15,38%; entre os DF, 57,16%. A principal causa das deficiências foi a doença. Mais DF relataram uma ou mais internações e menor uso de serviços odontológicos. Menor prevalência de exame das mamas entre DA e DF e de exames de próstata entre os DF e maior consumo de remédios entre os DV e DF, comparados com não-deficientes. Conclusão. As deficiências aumentaram com a idade, foram mais prevalentes em mulheres e em pessoas com menor escolaridade, sendo sua principal causa, as doenças. A DV foi a mais prevalente das três deficiências. A DA e a DF foram mais prevalentes nos homens. Entre os DV e os DA houve mais morbidades nos 15 dias anteriores à entrevista. Houve mais doenças crônicas entre os deficientes do que entre os não-deficientes. Os DF foram os mais necessitados de assistência médica periódica. O consumo de medicamentos maior entre os DV e DF. Políticas de saúde específicas devem ser ampliadas e outras criadas para atender as necessidades de saúde dos deficientes.

ASSUNTO(S)

health profile uso de medicamentos perfil de saúde drug utilization deficientes inquéritos de saúde health surveys health services serviços de saúde disability

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