Direitos trabalhistas em construção: as lutas pela jornada de oito horas em Pernambuco, 1890-1891
AUTOR(ES)
Cord, Marcelo Mac
FONTE
Tempo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-04
RESUMO
Resumo Os artífices e os operários pernambucanos não receberam o regime republicano de forma bestializada. Acreditando nas possibilidades de mudança, eles fortaleceram suas antigas lutas por direitos, que, desde o império, eram organizadas em diversas formas de associação. Atentos às demandas nacionais e internacionais dos de baixo da pirâmide social, aqueles trabalhadores criaram novas entidades que pretendiam realizar seu desejo por educação formal, melhores condições de trabalho e aprofundamento da cidadania. Novos elementos, como a comemoração do 1o de Maio, do 13 de Maio e a luta pela jornada de oito horas de trabalho, somaram-se às suas tradicionais estratégias de luta. Greves, exigências por aumento de salários, anseio por participação política stricto sensu, entre outros fatores, permitiram que os operários e os artífices pernambucanos pressionassem alguns deputados estaduais. Estes últimos criaram um projeto de lei para reduzir a jornada de trabalho para oito horas, permitindo que seus beneficiários tivessem tempo para estudar. Aprovado com uma emenda, ele foi posteriormente reprovado e engavetado pelos senadores estaduais. O artigo analisa toda essa efervescência que mobilizou capital e trabalho em um dos principais estados brasileiros no alvorecer do regime republicano.
ASSUNTO(S)
direitos trabalhistas classe trabalhadora luta de classe
Documentos Relacionados
- REVISTA LITTERARIA DO GABINETE DE LEITURA DE MAROIM (1890-1891): subsídios para a história dos impressos em Sergipe
- REVISTA LITTERARIA DO GABINETE DE LEITURA DE MAROIM (1890-1891): subsídios para a história dos impressos em Sergipe
- Condições de trabalho e a luta dos(as) assistentes sociais pela jornada semanal de 30 horas
- Lutas pela formação científica dos professores primários no Rio de Janeiro (1880-1890)
- Angola: A trajetória das lutas pela cidadania e a educação em direitos humanos