Direcionadores ambientais da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em um estuário hipersalino (Nordeste do Brasil)
AUTOR(ES)
Medeiros, Carlinda Railly Ferreira, Costa, Annyelle Kelly da Silva, Lima, Caroline Stefani da Silva, Oliveira, Jacicleide Macedo, Cavalcanti Júnior, Marcos Medeiros, Silva, Maxciell Ricardo Azevedo da, Gouveia, Rafaela Santos Dias, Melo, José Iranildo Miranda de, Dias, Thelma Lúcia Pereira, Molozzi, Joseline
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
27/06/2016
RESUMO
Resumo Introdução A comunidade de macroinvertebrados bentônicos estuarina varia espacialmente em resposta a mudanças nas variáveis ambientais nesses ecossistemas. O entendimento dessa variabilidade auxilia o conhecimento dos mecanismos estruturadores dessas comunidades. Objetivo Avaliar os aspectos estruturais da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em um estuário hipersalino, e relacionar as variáveis ambientais que atuam sobre a estrutura da comunidade ao longo do estuário. Métodos O estudo foi realizado no estuário do Rio Tubarão em maio de 2015. Foram amostradas duas zonas do estuário (superior e inferior), e em cada zona foram amostrados seis pontos compostos de duas réplicas, uma réplica amostrada em substrato arenoso e a outra em substrato lamoso. Foram coletadas amostras de macroinvertebrados bentônicos e das variáveis ambientais do estuário. Os fatores direcionadores da comunidade de macroinvertebrados bentônicos foram determinados através da análise de Modelo Linear baseado na Distância e a contribuição das espécies para similaridade e dissimilaridade entre as áreas e tipos de substrato, através de análises de porcentagem de similaridade. Resultados A composição da comunidade de macroinvertebrados bentônicos divergiu entre as áreas superior e inferior, embora tenha sido semelhante entre os substratos lamoso e arenoso. A variação da comunidade entre as áreas foi principalmente relacionada à influência da salinidade, na área superior, e pela salinidade associada a outras variáveis no substrato arenoso (temperatura, turbidez e oxigênio dissolvido) e lamoso (temperatura, sólidos totais dissolvidos e oxigênio dissolvido) da área inferior. Os táxons que contribuíram para dissimilaridade entre as áreas superior e inferior foram Nereididae (17,89%), Anomalocardia brasiliana (15%) e Cirratulidae (10,43 %). Conclusões A salinidade foi a principal variável direcionadora dos aspectos estruturais da comunidade de macroinvertebrados bentônicos na área superior do estuário, embora na área inferior um conjunto de variáveis estruturaram a macrofauna bentônica no estuário hipersalino estudado. Além disso, a cobertura de mangue e menor influência da maré, pode ter favorecido a maior abundância de macroinvertebrados na área superior.
ASSUNTO(S)
estuário negativo macrofauna bentônica polychaeta bivalvia manguezal
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