Dinâmica estrutural da comunidade arbóreo-arbustiva de um sistema corredor-fragmento em Santo Antônio do Amparo - MG / Structural dynamics of arboreal-arbustive community in a hedgerow fragment system in Santo Antônio do Amparo - MG
AUTOR(ES)
Carla Daniele de Carvalho Guimarães
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Os corredores ecológicos têm se apresentado como uma alternativa bastante efetiva para atenuar os drásticos efeitos do processo de fragmentação. Esses corredores podem ser definidos como faixas de vegetação existentes entre fragmentos, conectando-os. O presente trabalho foi realizado no intuito de estudar a dinâmica de um sistema constituído de três fragmentos florestais conectados por um corredor formado pela colonização espontânea por espécies vegetais de valos de divisa, os quais são escavações construídas pelos escravos na época da colonização, com o objetivo de dividir glebas de terra. Os principais objetivos foram comparar as taxas de dinâmica dos ambientes de corredor e de fragmento, e testar as hipóteses de que o corredor, devido à sua estrutura estreita e à maior exposição a distúrbios, é mais dinâmico que o ambiente de fragmento; que tais características conferem ao corredor menor estabilidade que o ambiente de fragmento; que a dinâmica do corredor, além de mais acelerada é mais semelhante àquela de ambientes de borda; que maiores valores iniciais de áreas basais e de número de indivíduos tenham relações inversas às taxas de ganho em biomassa e recrutamento e diretas à taxa de mortalidade em ambos os ambientes e que as maiores saídas de indivíduos (mortalidades e egressos) estão concentradas nas menores classes diamétricas, independente do ambiente em que os indivíduos se encontram. No primeiro inventário, realizado em 2005, foram amostradas 30 parcelas de 200 m2 no ambiente de corredor e 30 no ambiente de fragmento, totalizando uma área de 1,2 ha. No presente estudo, todos os indivíduos ocorrentes dentro dessas parcelas foram medidos novamente e os mortos e recrutas foram contabilizados. As taxas de dinâmica encontradas para cada ambiente (fragmento e corredor) foram comparadas; o ambiente de corredor foi subdividido em três setores (borda, parede e fundo), os quais também tiveram suas taxas de dinâmica calculadas e comparadas. Com o objetivo de estabelecer relações entre o número inicial de indivíduos e a área basal inicial com as taxas de dinâmica, foram feitas regressões lineares simples para cada ambiente e para os três setores do valo. Além disso, fez-se a distribuição dos indivíduos, por classes diamétricas, para cada um dos ambientes analisados. Os resultados indicaram que o ambiente de corredor apresentou-se mais estável e menos dinâmico quando comparado ao ambiente de fragmento. Além disso, a dinâmica apresentada pelo corredor não apresentou nenhuma semelhança com a de ambientes de borda já estudados. Os valores de área basal e de número inicial de indivíduos apresentaram relações inversas com as taxas de ganho em biomassa e de recrutamento apenas no ambiente de corredor. Com relação às saídas de indivíduos por classes diamétricas, estas se apresentaram maiores nas menores classes.
ASSUNTO(S)
dynamic connectivity onectividade hedgerows trenches valos de divisa fragmentação ecologia aplicada corredores fragmentation dinâmica
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.ufla.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2859Documentos Relacionados
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